Nesta edição, recebemos a autora do blog “Escreva, Lola, Escreva”, a professora Lola Aronovich (UFC), que fala sobre as lutas das mulheres no Brasil juntamente com Débora Prado e Carol Pavese. Lola conta sobre a agenda feminista no Brasil e os ataques inúmeros ataques que sofre a internet.
Agora o Chutando a Escada faz parte do Portal Deviante. Com a proposta de ser um lugar para falar sobre ciência, cultura e diversão por um mundo menos medíocre, o Deviante reúne escritores, podcasters e notícias sobre o mundo da ciência, tecnologia, games e entretenimento. Saiba mais em http://www.deviante.com.br/
Venha fazer parte do grupo do Chutando a Escada no Telegram! É só entrar em t.me/chutandoaescada
Comentários, críticas, sugestões, indicações ou dúvidas existenciais, escreva pra gente em [email protected]
Agora o Chutando a Escada está no Deezer. Acesse em https://www.deezer.com/en/show/56183
Participaram desse podcast:
Débora Prado – facebook.com/debora.prado.7140
Carol Pavese – facebook.com/carol.pavese.7
Lola Aronovich – facebook.com/EscrevaLolaEscreva
Participação especial de Karin Voll – twitter.com/DoutoraMetodo
Textos citados neste episódio
ONDE Islã #007 – Os muçulmanos e a nova direita
Viracasacas #49 Psicanálise, Patriarcado e Capital
As tecnologias reprodutivas e o discurso do capitalista na cultura contemporânea : uma reflexão psicanalítica sobre a prática médica, de Carla Henrique Gomes
Inscrições para o Curso de Extensão: Gênero e Resistências no Sul Global
Carnaval feminista: “não é não” e o debate sobre o assédio de Tory Oliveira
O Mito da Beleza, de Noeami Wolf
Michelle Bachelet: “Não pensava em roupas. Tentava mudar o país”
Trilha Musical
Elza Soares – Mulher do Fim do Mundo
Luisa Toller – Chiquinha toca uma
Malumba – P.U.T.A
Refém – Rap de saia
Elizeth Cardoso – Manhã de Carnaval
Handel Edition Volume 5 – Semele, Israel in Egypt, Dixit Dominus, Zadok the Priest, La Resurrezione, The Ways of Zion do Mourn
Tuyo – Solamento + Amadurece e Apodrece
***
Poema de Vitória, de 16 anos
Me disseram que eu deveria respeitá-lo
desde a minha mais tenra infância.
que não poderia questioná-lo,
pois ele não precisava controlar a sua ânsia.
[…]
Me disseram que eu, mulher, era sempre menos.
Castrada, acuada, perseguida, quebrada.
Me disseram que suas carícias eram bem vindas
e que as flores mandadas eram lindas.
[…]
Me disseram que eu não deveria lutar.
Que eu me deixasse por suas mãos sufocar,
pois era o meu dever aguentar e afundar
E senti-lo, obrigada, e chorar.
Me disseram que a culpa era minha,
que eu andar pela rua nada tinha.
Eu merecia.
Afinal, havia saído da linha.
Me disseram que eu morri.
Que pena, tão bonita!
Mas vocês me mataram.
Todos vocês.
O poema completo você encontra em http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2014/04/pra-tudo-se-encerrar-com-um-poema.html