Em Tomb Raider – A Origem, damos (novamente) as boas-vindas a Lara Croft!
O filme de 2018 (apenas Tomb Raider, no original), não é um reboot propriamente dito, e sim uma adaptação do reboot recente da própria franquia nos videogames.
As duas adaptações anteriores para o cinema traziam Angelina Jolie vivendo a heroína dos jogos clássicos – sex symbol, magnata, peituda e durona – em roteiros bastante brochantes.
O primeiro jogo da série Tomb Raider foi lançado em 1996(!). Desde então, mais de 20 títulos já foram lançados, passando por 3 grandes recomeços.
O reboot mais recente – agora já contando com dois títulos lançados: Tomb Raider (2013), e Rise of the Tomb Raider (2015) – trouxe uma Lara mais realista, jovem e inexperiente, buscando sua missão no mundo, apanhando e aprendendo a sobreviver, para um dia se tornar a saquedora de tumbas.
É essa Lara que o filme Tomb Raider – A Origem nos traz. O filme é uma adaptação direta do jogo Tomb Raider (2013). Algumas adaptações do roteiro exploram mais a vida de Lara fora das tumbas e o relacionamento com seu pai. Ótimas adições, na minha opinião.
Alicia Vikander é Lara Croft
Além de sua caracterização estar impecável (é um perfeito cosplay do game de 2013), Vikander convence como Lara. A atriz é ganhadora do Oscar por seu papel em A garota dinamarquesa, e também premiada pelo seu papel em Ex_Machina: Instinto Artificial. Acreditei nela do começo ao fim.
Para quem jogou Tomb Raider (2013), fica uma sensação de estar jogando novamente, num bom sentido. Dá uma vontade de tentar ajudar a Lara e, opa! O controle não está nas minhas mãos! Parece que se está vendo um cinematic, e a qualquer momento será sua vez de entrar em ação. Pequenos easter eggs do jogo trazem um sorriso ao rosto – se é que podemos chamar de easter egg, já que o filme é baseado no jogo…
Um filme clássico de ação e aventura, bem humorado, leve, com algumas cenas emocionantes, e sem apelação sexual.
Em certos momentos acontece a clássica explanação “for dummies”, ou os personagens tomam decisões sem muito sentido, mas não chega a comprometer a história. Algumas cenas têm muito em comum com outros filmes de aventura, especialmente Indiana Jones. Fica difícil dizer se é referenza, clichê, ou só falta de criatividade. Porém, clássicos são clássicos e continuam divertidos.
É tudo o que eu esperava de um filme de videogame; não é para concorrer ao Oscar, né. Na verdade, foi bem melhor do que eu esperava, considerando as adaptações anteriores e o recente Assassin’s Credo.
Resumindo: Quem é fã dos jogos vai se divertir e sair do cinema querendo mais (e melhor). Quem nunca jogou vai curtir um filme de aventura e vai querer ir atrás dos jogos (ou não né, nem todo mundo é gamer xD).
“Nota”:
3.5 de 5 picaretas; e um mordomo preso no freezer
Da Warner Bros. Pictures e Metro-Goldwyn-Mayer Pictures, Tomb Raider – A Origem estréia no Brasil amanhã, dia 15 de Março. O filme conta com Alicia Vikander (“Ex_Machina: Instinto Artificial”, “A Garota Dinamarquesa”), no papel principal de Lara Croft, e direção de Roar Uthaug (“A Onda”).
Também estão no elenco Dominic West (“Jogo do Dinheiro”, “300”), Walton Goggins (“Os Oito Odiados”, “Django Livre”), Daniel Wu (série de TV “Into the Badlands”) e a indicada ao Oscar Kristin Scott Thomas (“O Paciente Inglês”).