Oba, hoje é dia de Parada dos Museus! Mas não pense que o foco será em um museu específico ou nas obras expostas. Vamos “apreciar” a tecnologia que nos ajuda durante as visitas…
Hoje resolvi “roubar” o posto da Isabella Fontanella e dar minha pequena contribuição para a série “Parada dos Museus”. Para quem não conhece, essa é uma iniciativa muito legal do Portal Deviante em que os redatores compartilham um pouco a sua experiência sobre os museus, centros culturais e exposições nas cidades onde vivem ou por onde passam.
Diferente dos textos já postados nessa série, eu resolvi falar sobre alguns lugares que visitei adotando uma perspectiva um pouco diferente: em vez de focar em um único museu e toda a experiência que ele me propiciou, a ideia desse texto é falar sobre as diferentes tecnologias que podemos usar durante nossas visitas. Mas, antes de mostrar algumas dessas tecnologias, deixa eu explicar por que resolvi direcionar o texto para elas 😉
Eu adoro visitar museus quando viajo, acho até que são umas das primeiras coisas que incluo nas minhas listas de coisas para fazer. Adoro passear pelos corredores, admirar as obras expostas e a arquitetura desses espaços, além de aprender um pouco mais (seja sobre um artista, uma obra, um espaço, uma experiência).
Só que eu não tenho paciência nenhuma com papéis (apesar de sempre dar aquela olhadinha no balcão de informações para ver se algo pode me ser útil) e nem sempre acho que as informações desses panfletos me são totalmente úteis ou ajudam mais do que atrapalham. Por exemplo, o Louvre oferece um mapa (no site do museu não tem em português, mas ele está disponível no balcão de informações) com algumas informações sobre o museu e onde achar algumas das obras. Só que é necessário fazer cruzamentos entre as obras e salas de exposição, descobrir o pavilhão que elas estão expostas, traçar a melhor rota até alcançar o andar… Considerando o tamanho do Louvre, dá para gastar minutos preciosos só tentando entender a lógica desse mapa :p
Assim, eu tenho o hábito de reservar um audioguia para tentar aproveitar ao máximo minhas visitas aos museus. Acho que esses aparelhos ampliam a experiência dos visitantes, já que apresentam informações adicionais às tradicionais plaquinhas ao lado das obras em exposição e também podem oferecer rotas que permitem o direcionamento da visita a algumas dessas obras (seja por importância dada a obra, artista, período de criação da obra etc.).
Com isso, considerando a diversidade de audioguias que tive em minhas mãos, por que não falar sobre eles e mostrar como os museus estão usando a tecnologia em benefícios de seus visitantes? 😉
O primeiro audioguia que vou falar é o do Palácio de Versailles. Ele foi o aparelho mais simples que encontrei, onde bastava digitar no teclado do aparelho o número da obra desejada e o áudio iniciava. Em alguns dos espaços, normalmente os que exibiam vídeos sobre a história do palácio, não era necessária essa digitação. No momento em que entrávamos na sala de exibição, o áudio iniciava automaticamente e em sincronia com o ponto em que o vídeo estava.
Vale mencionar que o Palácio de Versailles também conta com apps para a visita ao palácio e aos jardins, bastando fazer o download do roteiro desejado. Mas como o audioguia estava “di grátis” no dia da minha visita, resolvi ignorar os apps e usar somente o audioguia fornecido.
Outro audioguia bem parecido com o audioguia de Versailles era o disponibilizado na casa de Anne Frank. Porém, em vez de digitar no teclado do aparelho o número do item desejado, precisamos apontar o aparelho para uma etiqueta numerada (acredito que um RFID) para que o áudio inicie. Infelizmente não tenho registro desse aparelho porque o espaço não permitia fotos e estava muito envolvida emocionalmente com a história presente naquele espaço ☹
O Rijksmuseum disponibiliza seu audioguia através de um aplicativo que funciona de forma muito parecida com os audioguias apresentados até agora: digite o número do item desejado e ouça o áudio sobre ele. A principal diferença é que existem alguns roteiros prontos para o visitante (principais obras, direcionados para música/arquitetura/etc., sobre período específico etc.), que também incluem rotas para andar pelo museu (que é bem grande!).
Além disso, o app também permite aproveitar o museu do conforto do seu sofá. Ele categoriza algumas das obras que estão em exposição no museu, disponibilizando informações sobre as mesmas.
O audioguia do museu do Van Gogh vem em um aparelho touchscreen. Como no aplicativo do Rijksmuseum, basta selecionar o número do item desejado para ouvir o áudio sobre ele. Porém, ao longo do áudio, a obra é apresentada na tela com elementos que permitem que informações adicionais sejam acessadas.
Mas o audioguia que mais me chamou atenção foi o do Museu do Louvre. Ele é disponibilizado em um Nintendo 3DS! Ok, não usei o 3D porque fico tonta, mas foi muito divertido andar pelo museu com um videogame nas mãos 😊
Mais do que isso, o áudio te direcionava para obras muito importantes, mas te colocando em ângulos bem diferentes. Qual não foi minha surpresa quando ele pedia para atravessar a multidão olhando a Vênus de Milo para observar a lateral e bunda dela! Duvido que você tenha visto e/ou se importado com esses ângulos da escultura :p
Mas nem tudo são flores. Também dei de cara na porta porque uma ala do museu estava fechada e o roteiro no aplicativo não tinha sido atualizado ☹ Mas, como boa brasileira, fiquei parada nas grades, ouvindo o áudio sobre a ala fechada e tentando enxergar as coisas sobre as quais estava ouvindo rsrs
Por fim, quero fazer uma menção honrosa ao Museu d’Orsay. Acabei visitando esse museu de forma bem corrida, no último dia da viagem, e não peguei o audioguia. Mas nem por isso não achei tecnologia nesse espaço! Logo na entrada, o museu disponibiliza alguns óculos de realidade virtual para os visitantes conhecerem um pouco da história do espaço em que estão (originalmente uma estação de trem que foi transformada num belíssimo museu).
Agora eu quero saber de vocês: já experimentaram essas tecnologias durante suas visitas a algum museu? Conhecem outras tecnologias que podem ampliar a nossa experiência dentro de espaços culturais? Tenho certeza que os museus têm muito mais a oferecer além das obras expostas 😊