E aí, minha gente? Curtindo as férias? Não?
Ao menos curtiram os feriados de final de ano? Espero que ao menos um diazinho você tenha aproveitado.
E não! Assim como vários de vocês, também não estou de férias. Estou aí, na labuta diária. Mas sempre, ou quase sempre com graça e alegria de viver (depois de ter tomado uma super dose de café).
Eu ia escrever sobre Intoxicação Alimentar e festas de final de ano. Elas andam ali, juntinhas! Maionese, aquele monte de carne de tudo que é tipo. Comilanças. Sentei aqui para escrever sobre isso e desisti.
Desisti porque estava aqui pensando sobre escrever, como isso apareceu na minha vida.
Muito pequena, logo que aprendi as “letrinhas”, já gostava de formar palavras. Escrevi muito ‘flor’, que tem o F do meu nome. Depois de um tempo, sabendo formar frases, ganhei meus primeiros diários, que a mamãe dizia que era para eu escrever sobre coisas que eu achasse importantes e que eu sempre lesse para aprender palavras. Livros e mais livros foram lidos. Um que li quando era criança foi Lili do Rio Roncador, uma história encantadora de uma franguinha órfã. (Reparem como a franguinha Lili parece a primeira pintura de Vermeer! Eu estou chocada com isso!!!)
Continuei lendo e escrevendo. E dos diários passaram para as “agendas”, que no final da década de 80 começo de 90, eram os diários de forma atualizada, mais modernosos. E eu continuava nessa missão. Sempre gostei.
Lembro quando estava na sexta-serie do segundo grau, 12 anos, a professora pediu para que escrevessemos a famigerada redação “Minhas Férias”. Mas aquilo era muito jardim da infância pra mim, aborrecente! Desaforo. Eu então pedi a minha mãe para comprar um caderno espiral de 200 folhas (um luxo! Lembro até da capa: Snoopy deitado no telhado da sua casinha e o céu azul atrás). Eu escrevi as DUZENTAS FOLHAS durante aquelas férias, descrevi cada detalhe daquele período em que eu não viajei, não fui pra lugar algum, nem tive nenhuma super aventura. Escrevi tudinho lá. E ao final da férias, entreguei toda satisfeita a professora Helena!
Foi um desaforo bom. Adorei fazer aquilo. Foi a minha diversão de férias.
Nessa época, Legião Urbana estava “nas paradas de sucesso”. Em 1989 lançaram a música Monte Castelo e Renato Russo usou trechos d’Os Lusíadas nessa letra. E eu pedi esse livro para meu pai. E li. E recitei para a professora Helena, que achou que eu tinha criado interesse por Camões assim, do nada! hehe
Ler, escrever. Escrever e ler. E escutar música! E observar. Desenhar! E conversar também.
O hábito de ler, como vocês que estão aqui lendo isso sabem, é extremamente importante e deve ser cultivado desde a infância. Assim como o hábito de escrever. Como vocês sabem, não sou nenhuma escritora, profissional da área ou coisa assim. Mas é uma forma tão maravilhosa de se expressar nesse mundo, de colocar seus sentimentos/pensamentos de forma que seja possível visualizar e tornar mais fácil lidar com eles.
Quando somos crianças, esses hábitos são mais fáceis de serem criados e cultivados. Incentivem as crianças ao seu redor. Incentivem a usarem a imaginação, a viajarem sem sair do lugar! E se você não tinha esses hábitos, hábitos bons são sempre bem vindos. Tente! Não se acanhe. Escute esse Spin aqui primeiro, do Marcel Vitorino, e entenda melhor como somos podados na criatividade e como reverter essas situações: Spin 416 – Bloqueios Mentais e Criatividade.
Depois que você se soltar, começar a escrever o que você acha interessante, sinta prazer e, se estiver animado para escrever de forma mais elaborada, aí tem as técnicas, tem os estudos específicos etc e tal. Mas enquanto isso, solte os dedinhos aí! Vai escrevendo freestyle como se não houvesse amanhã!
Escreva pra ti. Escreva pra mim! Escreva para o mundo!
Express yourself!!!!!!!