Cachorro, gatos, pássaros, répteis… humanos (inclusive fetos, mesmo que imersos no líquido amniótico!); porém, crianças autistas parecem não reagirem a vídeos de pessoas bocejando! (alegam cientistas, que passam video de pessoas bocejando)

Em nós, sabemos que é BEEM difícil de reprimir aquele bocejinho maroto que vem chegando… no máximo conseguimos disfarçar (BEM mal), né verdade? Rs (e aí.. já bocejou?! rs Sério!? Quantas vezes? E veja que ainda estamos no início).

Muitos de vocês já devem ter ouvido falar sobre os neurônios espelho (que situam-se no tal do nosso córtex frontal). Estes que espelham/repetem “mentalmente” as ações que observamos em outros.

Por exemplo, quando vemos alguém abrir uma garrafa de vinho, os neurônios responsáveis (em nosso cérebro) por fazer essa mesma ação, são ativados; porém o comando final que faria a gente repetir (feito bobo) involuntariamente a ação não é enviado aos nossos músculos. Ao vermos alguém bocejar, o cérebro faz o mesmo. Porém, “aquilo-que-reprime-a-repetição” não parece agir sobre o bocejo (e acredito eu que, em menor grau, com o sorriso… já perceberam que, se você estiver se sentindo bem, é difícil não sorrir ao ver alguém sorrindo pra você?!). E, se não age sobre o bocejo, deve ter alguma boa função evolutiva para nós e todos os outros animais bocejadores!

As causas do bocejo ainda são incertas! :/ (Yup… Sorry, guys!)

Normalmente são relacionadas a: o sono, o acordar, o tédio, o cansaço.. é o que apontam os estudos (Jura?… bohh, novidade!).

Há cientistas que afirmam que bocejamos para despertar e não para nos prepararmos para dormir, por exemplo. E isso se deve ao fato do bocejo hiperoxigenar nosso cérebro, agindo assim como um estimulante.

Uma coisa interessante é que o bocejo (sim, estou repetindo a palavra de propósito, muhuhuhahaha) é disparado por uma região do cérebro chamada de hipotálamo, que é responsável, dentre outras coisas, pela regulação cardiovascular. Isso ajuda numa das teorias de que bocejamos para liberar o excesso de gás carbônico que acumulou no corpo e para dar uma boa oxigenada nas células.. porém, isto é rebatido por outros cientistas com o argumento de que não aumentamos a frequência de bocejos enquanto praticamos esportes (muitas vezes nem sequer bocejamos). E, curiosamente, o hipotálamo é também responsável pela EREÇÃO masculina (sério mermo!? Yup!)… e há cientista que diga que bocejos possam vir acompanhado de ereções! O hipotálamo produz a ocitocina, hormônio que tem poderoso efeito pró-erétil nos homens, aumenta o volume de esperma e intensifica a experiência do orgasmo. Além de estar relacionado a empatia e apego entre as pessoas.

E aí, algum leitor poderia nos confirmar? Seu bocejo vem com um Plus? Alguém se declara culpado? Heheh… “Ixi, cara… normalmente eu fico tão offline depois de bocejar que eu nem sei te dizer! Mas vou prestar atenção, aí. Valeu!

Por que o bocejo é “contagioso”?

Além da relação com os neurônios espelhos, que vimos anteriormente, o bocejo é visto como importante principalmente para manter grupos de animais alerta (despertar). São relatados, também, entre praticantes de esportes de um mesmo time antes de competições. Acredita-se que dentre suas funções (visto que ele aumenta a circulação) nos serviria também para controlar a temperatura cerebral (em mamíferos); e, complementarmente, outra teoria sugere que seria importante para sincronizar os ânimos ou comportamento de animais de bando. Segurem essas ideias aí para somarmos todas depois!

Já percebeu que bocejar te deixa meio away, né? Depois de bocejar no meio de uma conversa ou no meio de uma frase (além de ser extremamente desagradável para o locutor), é normalmente seguido de um “ãhm?!” ou um “foi mal!” pelo bocejador.

Segue mais ou menos a sequência: o mundo começa loucamente a entrar em FADEOUT e você basicamente fecha os olhos, fica momentaneamente surdo, recebe “um tapa de oxigênio no cérebro (te dando um ‘mini barato’ ou uma ‘mini chapação’, como queira)”… você VIAAAAJA e volta (pruft!)… tudo ocorre em 1 ou 2 segundos.. E você voltou meio que sem saber ao certo onde está ou sobre o que estava falando!

Se somarmos o “nos desligamos do que estava acontecendo antes”, ao “te desperta” e ao, “parece ser importante quando um grupo entra junto numa atividade em que seja necessário esquecer do mundo, apertar o RESET, darem atenção ao líder e iniciarem ao mesmo tempo suas funções”, me deixa pensando que, socialmente, o bocejo seria interessante para sincronizar seres humanos.. Além de um ótimo mecanismo de fuga (de temas de conversa que nos incomodem… ou que são apenas tediosos). Alguém vê algo mais!? (ou não vê assim?!).. Please, compartilhe sua ideia nos comentários!

Ah! Outra coisa. Esses tais neurônios espelhos também estão relacionados com a empatia… E, on the other hand, a falta de empatia, é relacionada com psicopatas… então, será que psicopatas BOCEJAM DE VOLTA!? Oo (bem… nunca é cuidado demais testar seus amigos com a prova do bocejo!).

E como podemos fazer um BOM USO DO BOCEJO-DE-VOLTA?

Digamos que você queira saber se está sendo observado, por exemplo, na rua. Seja por um stalker louco, seja pela paquerinha <3 (lembrem-se rapazes, que as meninas tem uma visão lateral MUITO melhor que a nossa, portanto elas não precisam estar olhando diretamente pra vocês para observá-los BEM), seja por alguém que você esteja querendo chamar atenção:

Dê uma boa bocejada honesta (aquela que vem das entranhas e você não consegue segurar) e a observe… e se faltar criatividade de imaginar uma bocona aberta, pense nesse artigo, rs.

Se esta pessoa bocejar de volta, pode ser um bom sinal de que está prestando atenção em você. ;)

Bom.. é isso!

Perguntas e dúvidas são sempre bem vindas, people! É a curiosidade quem me move e o que me fez fazer esse texto. Adoro novas ‘interrogações’ e se não acharmos juntos as respostas, estou certo de que iremos nos deliciar com o caminho da busca por elas.

Um beijo, çeus limdos.

Leitura sugerida:

Suzana Herculano-Houzel (livro): “O Cérebro nosso de cada dia – ‘esse bocejo irresistível…’”.

Sciam

Quora

Ereção

Em macacos


Minduim biólogo, músico amador, amante de vinho e pesquisador ávido das curiosidades do dia a dia; mas na vida real trabalha num banco e se chama Ivan