No Brasil, a cada 24h pelo menos 8 mulheres são agredidas, segundo a Agência Brasil, dados de 2023. Essa estatística aumentou quando estávamos no período pandêmico, quando as mulheres e seus companheiros passaram a ficar mais tempo em casa, convivendo por mais tempo. O desgaste da relação contínua levou a graves episódios de violência, seja ela verbal, psicológica ou física.
Durante a pandemia da Covid-19, nos últimos 12 meses, 1 em cada 4 mulheres brasileiras (24,4%) acima de 16 anos afirma ter sofrido algum tipo de violência ou agressão. Isso representa cerca de 17 milhões de mulheres sofrendo violência física ou psicológica no último ano. Ainda, nesse mesmo período de 12 meses, 5 em cada 10 brasileiros (51,1%) relataram ter visto uma mulher sofrer algum tipo de violência no seu bairro ou comunidade, conforme dados da FBSP.
Assim, tem se compartilhado nas mais diversas redes sociais, em todo o mundo, um sinal de ajuda que mulheres podem fazer uso para pedir socorro em algum momento em que estejam vulneráveis, sofrendo algum tipo de violência, cárcere privado, etc.
Esse sinal é uma forma simples, sem despertar a atenção do agressor, em que a vítima levanta a mão, dobra o dedo polegar, e faz o movimento de abrir e fechar a mão com os quatro dedos, como na imagem de capa desse texto.
Com isso, é indicado que quem presenciar o pedido de ajuda entre em contato com as autoridades e solicite ajuda para que a mulher seja atendida e acompanhada por toda a assistência necessária para romper a realidade que tem sofrido.
A violência contra mulher é tema de atenção permanente na sociedade, pois todos os dias as mulheres passam por graves situações de violação dos seus direitos, sua intimidade, sua condição física e psíquica. Essa violência ocorre na própria residência, na grande maioria das vezes, seja pelo esposo, companheiro, pai ou filho. A mulher se encontra vulnerável no ambiente em que mais deveria se sentir segura.
É nesse contexto que cada vez mais as autoridades, as redes de apoio, os programas de proteção à mulher, vem se empenhando para criar formas de auxiliar as mulheres na sua proteção da saúde, da segurança e oferecendo uma assistência mais ampla, com locais de moradia, tratamento psicológico, cestas básicas, entre outras formas de auxiliar no acolhimento da mulher.
Mas antes de tudo isso ser possível, as mulheres que são vítimas de violência precisam pedir ajuda, e é por isso que se desenvolveu este sinal de socorro, no intuito de ter visibilidade em um momento de vulnerabilidade, em que o agressor não oferece condições da vítima pedir ajuda de outra forma.