Um exame de sangue realizado durante a gravidez pode indicar se a mulher, com alta atividade da tireoide, apresenta risco de desenvolver pré-eclâmpsia, de acordo com o estudo apresentado no Congresso Europeu de Endocrinologia. Resultados podem ajudar a identificar o risco em mulheres grávidas e indicar potenciais tratamentos para reduzir os riscos para o feto.
Pré-eclâmpsia é uma condição que ocorre durante a segunda metade da gravidez, onde as mulheres apresentam pressão alta e eliminam proteína pela urina. Ocorrendo em 2-8% das gravidezes e pode trazer graves consequências para a mãe e para a criança, incluindo convulsões, insuficiência renal, hemorragias e nascimento prematuro.
Dentre os fatores de riscos para o desenvolvimento de pré-eclâmpsia está o hipertiroidismo, que pode ser causada pela Doença de Grave ou hipertiroidismo. De qualquer forma, a alta taxa de HCG (gonadotrofina coriônica humana), hormônio de ocorrência natural durante a gravidez, estimula o funcionamento da tireoide, mas não tem relação com o desenvolvimento da pré-eclâmpsia.
O uso de drogas para tratamento de hipertiroidismo durante a gravidez acarreta riscos de desenvolvimento de anormalidades fetais. Por isso é importante distinguir entre a alta atividade da tireoide durante a gravidez e a causada pela condição anormal da tireoide.
Neste estudo, pesquisadores mediram os hormônios de 5153 mulheres durante o incio da gravidez (menos de 18 semanas) e dentre elas, algumas apresentavam alto nível de hormônio tiroidiano e altos níveis de HCG, o que não aumentou o risco de pré-eclâmpsia. Pesquisadores consideraram também outros fatores de risco, como idade, cigarro, educação e etnia das mães, assim como sexo da criança.
Eles afirmam que a maioria das mulheres grávidas têm níveis elevados de hormônio da tireoide por causa de um aumento natural de HCG, ao invés de doença tireoidiana. Muito médicos medem os níveis de hormônio tiroidiano, apesar de não haver uma triagem pré-eclâmpsia; e medir o HCG auxilia na interpretação da função hormonal de mulheres grávidas. A pesquisa visa tranquilizar a maioria das mulheres grávidas e evitar tratamentos desnecessários.
Fonte: Science Daily