É alarmante o quanto a sociedade e nós mesmos somos induzidos a manter uma visão limitada, ao cercear nossa concepção de vida em vários estereótipos. Aliás, a própria palavra estereotipo vem da junção de estereo, que vem do grego e significa “sólido”, e tipo que significa “impressão”. Nos cercamos dessas “certezas” e com isso o cérebro sempre preguiçoso evita o gasto de energia necessário para analisar pessoa por pessoa, caso a caso. Mas, acontece que vivemos em um mundo regido por princípios ecológicos e evolucionistas que nos dão uma lição muito importante que pode ser resumida em um fenômeno: diversidade. A diversidade faz coisas incríveis, e uma delas é destruir qualquer argumento baseado em estereótipos.

Toda população suficientemente grande está sujeita a se diversificar, essa diversificação acontece tanto do ponto de vista genético, quanto, no caso de nós humanos, do ponto de vista sócio-cultural. Como consequência, cada indivíduo é único o que induz o frágil castelo dos estereótipos a desabar mais facilmente que quando o Mário derrota um dos filhos do Bowser.

Seu castelo de esteriótipos desabando.

Seu castelo de esteriótipos desabando.

Para mostrar exatamente isso, temos o caso de um rapaz chamado John Urschel, jogador dos Baltimore Ravens, que com seus 24 anos e um salário anual de 600.000 dólares, conseguiu em seu tempo na faculdade não apenas finalizar seu bacharelado em matemática, mas ainda cursou um mestrado acadêmico e está finalizando outro mestrado mais voltado para o ensino da matemática. Urschel conseguiu ainda publicar um artigo na revista científica Journal of Computational Mathematics onde apresenta um algoritmo para calcular mais rapidamente vetores de Fiedler em gráficos de Laplace. Não entendeu? Então quem sabe depois de uma partida de futebol americano John possa te dar uma aulinha. Mas, não fique triste se ele não puder te dar muita atenção, já que no fim da temporada John irá começar seu curso de doutorado no MIT.

John Urschel, que tirando essa armadura sobra um matemático de mão cheia.

John Urschel, que tirando essa armadura não sobra um bilionário e filantropo, mas um matemático de mão cheia.

Fonte:

Benderly, Beryl Lieff. First down and Ph.D. to go. Science. 2016