Por Felipe Quiroz e Pedro Convento

A BGS está rolando e em meio à tantas novidades, lançamentos cada vez mais realistas, temos a oportunidade de conhecer, em alguns casos, e relembrar, em outros, alguns dos consoles clássicos que construíram a história dos games.

Ter contato com esse pedacinho do passado nos faz refletir: “Até onde gráficos incríveis são essenciais para se construir um bom jogo?”. Num estande saudosista da Brasil Game Show, encontramos alguns consoles antigos ainda funcionando em seu perfeito estado. Ao jogarmos o jurássico ‘Telejogo’, tivemos a oportunidade de sentir o que sentiam os gamers verdadeiramente ‘oldschool’. E posso dizer, sem sombra de dúvidas, que é uma experiência divertidíssima, muito melhor que alguns jogos que foram lançados em 2016 (como um certo Céu Sem Homens). Isto só prova que: “Nem só de gráficos verossímeis vive o Homem.” (NONATO, Raimundo)

 

Uma boa parte das produtoras de jogos, e também dos consumidores, prioriza gráficos extremamente realistas. É óbvio que gráficos realistas facilitam a imersão de uma maneira que jogos mais simples não conseguem. Entretanto, apenas gráficos não fazem um jogo, como podemos perceber ao ver crianças se divertindo com videogames clássicos como Atari e o próprio Telejogo. O lúdico tem um papel fundamental na diversão humana desde as primeiras brincadeiras que fazemos quando crianças, como visto no artigo “A importância do brincar”, e trazê-lo aos jogos eletrônicos é uma maneira de otimizar os resultados com custos muitas vezes menores.

 

Essa visão diferente de jogos é o que tem levado muitas produtoras indies a trazer tantas novas experiências, muito mais preocupadas com uma jogabilidade divertida – e muitas vezes inovadora – e um cenário afável que estimule justamente a criatividade do jogador. No fundo, essa fórmula é tudo o que basta para que dois meninos (ou meninas) se divirtam muito!

 

Arthur e Gustavo jogando Telejogo

Arthur e Gustavo jogando Telejogo

Ficamos parados neste stand por um bom tempo e podemos sentir que, mesmo com o avanço brutal no mundo dos games nestes últimos anos, aqueles jogos ainda divertem os gamers de hoje, acredito, divertirão os de amanhã.