Badland é um game multiplataforma desenvolvido pela Frogmind inicialmente lançado para o mercado mobile para iOS e Android, seguido pelo Windows Phone. Posteriormente foi lançada a versão game of the year para PS3, PS4, Vita, Xbox one, WiiU e Steam. Como a alguns meses ele estava em promoção na loja Xbox, resolvi dar uma chance a este game amplamente distribuído.
É difícil explicar o que é Badland, devido à sua excentricidade, mas pode-se dizer que é um side-scrolling no qual existe apenas um botão de ação que faz o seu personagem voar. Este personagem se assemelha a uma espécie de pássaro bizarro que sofre influência de diversos power-ups encontrados no cenário. Alguns fazem a tela “andar mais rápido”, outros retardam este processo. Há itens que deixam o jogo em câmera lenta, da mesma forma que outros aceleram o gameplay, além de itens que aumentam ou reduzem o tamanho do personagem ou que geram vários clones (que são controlados simultaneamente pelo jogador).
O objetivo do jogo é voar através de locais perigosos e chegar até a um cano ao final de cada estágio, salvando assim o maior número de clones possível. O que torna o game desafiador é o fato de ser um game “auto-scrolling”, ou seja, se você permanecer imóvel ou for lento e cuidadoso demais, em algum momento a tela irá te alcançar, provocando a morte do personagem e fazendo o jogador retornar ao último checkpoint. Fora isso, diversos perigos como espinhos, prensas e serras giratórias irão se opor ao seu objetivo.
O jogo, contudo, não se resume a reflexos. Existem situações que misturam esta ação característica a elementos de puzzle, o que pode tornar o jogo ainda mais desafiador (ou frustrante para algumas pessoas). O sistema de física do jogo funciona muito bem e ajuda bastante na imersão, bem como os efeitos e trilha sonora que contribuem para a ambientação que consegue ser ao mesmo tempo bonita, intimidadora e pitoresca.
No quesito visual (e até mesmo na atmosfera do jogo em si), me lembrou Limbo. Os elementos em primeiro plano, incluindo o personagem, são representados na forma de uma silhueta preta, enquanto o fundo mistura figuras bizarras e cores intensas (o que torna o jogo visualmente ainda mais atraente que Limbo) que representam um determinado momento do dia e uma nova série de desafios.
Vale ressaltar que, além do modo Singleplayer com diversos estágios, é possível jogar o modo Multiplayer, mesmo em dispositivos móveis.
Independentemente da plataforma, se você quer jogar algo casual, artístico e frenético, esta é certamente uma boa escolha.