Em Zootopia você pode ser o que quiser, ignorar sua “natureza” e ir atrás daquilo que realmente deseja e acredita que é capaz de fazer. Quando tentam convencer a pequena Juddy Hopps que ela não pode ser uma policial, só porque é uma coelhinha inocente e fofinha, e que seria melhor que ela fosse fazendeira, ela faz de tudo para provar que estão errados.
A nova animação da Disney mostra Zootopia, uma cidade livre de todos os preconceitos possíveis! Onde presas e predadores podem ser amigos, e todos podem coexistir em harmonia e serem aquilo que desejarem ser, de uma coelhinha policial a elefante personal trainer.
Mas, será que os preconceitos não existem realmente nesta cidade maravilhosamente ideal? Quando Hopps é discriminada pelo seu tamanho, por seus colegas, e rebaixada a trabalhos simples e fora da ação policial, ela começa a perceber que existem camadas de verdade na cidade, e que ela mesma é suscetível a falhas e pré julgamentos que não percebia até então.
Um caso envolvendo o sumiço de animais pela cidade acaba unindo Hopps e Nick Wilde, uma raposa pilantra (e não são todas?) em uma aventura cheia de ação, cenários lindos e diversificados, muitos personagens carismáticos e referências, citações e easter eggs geniais (não vou falar muito pois não quero dar spoilers). A dublagem ficou boa, com Monica Iozzi e Rodrigo Lombardi mandando bem, em piadas adaptadas para o Brasil. Shakira como Gazelle, a defensora de todas as causas, e a música chiclete alto astral no final não curti tanto assim, mas cumprem o papel.
Disney sendo Disney como sempre, um filme que vai divertir as crianças, e também o público adulto, recheado de críticas e camadas de interpretação, e que cabe muito bem na nossa era de problematizações e preconceitos. Fica o convite a quem assistir, para discutir aqui no post, vou adorar ler e opinar com vocês!
Resumo da ópera: filme divertido para levar as crianças (talvez não as muito pequenas, tem algumas cenas que podem dar medo), colorido, cheio de ação, aventura, e personagens memoráveis (excelente pra merchandising, como sempre), indispensável pra quem curte animação. Com discussão garantida pra internê, análise de preconceitos e auto-reflexão.