Aos nostálgicos leitores do Portal Deviante digo: é tudo isto mesmo.
Ao entrar na sala de cinema esperava ver apenas mais uma boa animação do ‘Waldisney’ e da Pixar. E que surpresa a minha ao ver, não só uma boa animação, mas, para os mais velhos (claro, comparado às crianças de hoje que não viram Procurando Nemo em seu ano de lançamento) como eu, uma animação um tanto quanto nostálgica. Veio em minha mente um grande saudosismo, logo ao ver o curta Piper: Descobrindo o mundo. Curtas estes que são característicos dos filmes da Pixar.
O filme, ao contrário do que era esperado, não segue, totalmente, os mesmos moldes de Procurando Nemo. Temos sim a mesma proposta artística e de direção, porém o enredo é deveras diferente, com algumas poucas semelhanças, claro, para fazer-nos remeter à Procurando Nemo.
Algumas piadas foram mantidas e, para nossa alegria, funcionam ainda. A melancolia presente em Nemo, proveniente da direção artística, foi algo marcante para a animação na época. Afinal, perder o filho não é algo tão “show de bola”. Esta característica foi mantida, entretanto com algumas limitações. A direção optou por um filme mais leve e, ao meu ver, viajado. O que é ótimo para as crianças (público alvo), assim elas conseguem imergir no filme de um jeito inacreditável. Geralmente, quando vou no cinema ver um filme “infantil”, presto muita atenção nas crianças ao redor. E existe uma máxima: se a criança estiver falando, durante o filme, é que está desinteressante (ao menos não muito, são crianças, ora!).
Ao ver este filme, reparei que várias crianças sentavam atrás de mim. Já me preparei para lutar contra os pequenos (com todo amor, é claro) que, logo que sentaram, começaram a gritaria. Surpresa minha ao perceber que, transcorridas algumas cenas bem “lunáticas” do filme, as crianças estavam vi-dra-das! Quando digo isso, quero ressaltar os olhos esbugalhados em direção a tela.
Já, os mais velhinhos, estavam um pouco desconfortáveis, porém, já digo, nada que desmereça a obra, pois o filme foi pensado para mentes muito abertas, como as das crianças. Talvez este sentimento de desconforto tenha se acentuado nos instantes finais do filme, onde coisas muito malucas acontecem.
Saindo um pouco deste assunto filosófico/nostálgico, vamos ao puro creme do milho verde. Procurando Dory está sensacional, agrada todos que vão ao cinema, com ressalvas, e possibilita à criança que crie novos “conceitos” e, quem sabe brincadeiras. Duvida? Vá ao cinema e tire suas provas. Como sempre “Waldisney” mandando muito!