O que dizer dessa animação francesa? Muito fofa e triste, nem o final deixa a história do personagem principal mais leve. A animação conta a história de Abobrinha, menino que perde a mãe de forma repentina e vai para um abrigo. Ele se torna amigo do policial Raimundo. No abrigo ele conhece outras crianças com histórias tão trágicas quanto a dele: filhos de imigrantes deportados, pais com problemas psiquiátricos, uso de drogas ilícitas, presos, etc. Lá, conhece Camila, que logo chama sua atenção, ela se enturma rapidamente se impondo logo no primeiro contato com as crianças do abrigo, e assim conquista amizade de todos.
Mesmo sendo uma animação para crianças, o filme faz referência às crianças negligenciadas que tentam sobreviver e lidar com problemas decorrentes de tal condição. Abobrinha, aos 9 anos, tem de lidar com uma mãe alcoólatra que o maltrata, ao que tudo indica seu pai os abandonou, e no abrigo descobre a amizade e o carinho que não tinha em casa. As crianças se apoiam e cuidam uma das outras. No começo ele teve problemas em ser aceito, mas logo Simão, o garoto problema do abrigo, se torna seu melhor amigo enquanto Abobrinha se adapta à nova vida.
A tia de Camila, que a maltrata, pede sua guarda para ter direito ao dinheiro da pensão. As crianças a ajudam a fugir e mostrar para o juiz que a tia não gosta da garota e só quer saber do dinheiro extra, mostrar que ela queria usar a menina como uma fonte de renda.
A animação ajuda a refletir sobre como a vida de uma criança pode ser pesada e a importância dos amigos e do apoio para lidar com problemas. Exemplo disso é um dialogo entre Abobrinha e Camila, durante uma excursão: na conversa, Abobrinha diz que às vezes se imagina adulto e ainda com a mãe, e que se vê bebendo muito, assim como ela fazia, mas que está feliz em saber que isso não irá acontecer.
O filme, indicado ao Oscar 2017 na categoria de melhor filme estrangeiro, é uma adaptação de Autobiografia de um Abobrinha, duração de 66 min, legendado. Estreia dia 02 de fevereiro.
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