O peixe

Isso mesmo, o peixinho (ou os peixinhos) que você vai escolher para cuidar, eles vão determinar o aquário e toda a configuração dele.

Por exemplo,  alguns precisam viver sozinhos, como o betta, ou em cardume. Colocar um que precisa viver em cardume em um aquário comunitário (aquele com várias espécies de peixes), fará o bichinho ficar sempre escondido e estressado.

Ainda existem peixes pacíficos, territorialistas, predadores, alguns não vivem bem com outros da mesma espécie, mas podem viver em um comunitário.

A escolha

A escolha pelo pet fish é a mais tranquila, o aquário será montado de acordo com o pH compatível, temperatura, dureza. Lembrando que a montagem do aquário pode alterar o pH da água, seja o tipo de planta, a quantidade delas, as rochas. O substrato também pode influenciar no pH, o tipo dele pode judiar do peixe, pois alguns gostam de interagir com o substrato em busca de micro vida para se alimentar ou vivem quase o tempo inteiro em cima ou dentro, nesse caso, o substrato mais arenoso é recomendado.

Em um aquário comunitário, todos os peixes precisam estar alinhados nos parâmetros e na alimentação tbm, por exemplo, uma água alcalina com peixes de pH ácido seria desastroso para eles que iriam definhar com o tempo. E o comportamento precisa ser considerado também, por exemplo, peixes de nado lento com mordiscadores, não são compatíveis, como também a combinação entre nado lento e acelerados.

Exemplos de montagens

Um aquário de neons cardinais, o que eles precisam? Água bem estável com pouca variação, por isso aquários pequenos são um problema. 50 litros seria o mínimo para uns 10 exemplares, eles precisam estar em cardume para se sentirem protegidos. Água ácida, nunca neutra, com pouco sais. Costumam ocupar o meio do aquário na parte plantada, então você teria espaço no substrato e na parte superior. Caramujos, camarões e peixes de fundo seriam boas opções para ficar no fundo que precisam ser compatíveis com os parâmetros do neon, e esses peixes de fundo necessitam que o substrato seja arenoso.

Outro exemplo, um aquário exclusivo para molinésias. Elas têm algumas peculiaridades, gostam de nadar por todo o aquário, então 50 litros seria o mínimo para o pequeno cardume passear do substrato até a parte superior. Gostam de plantas, são máquinas de comer e de sujar, então cuidado para não superalimentar, aceitam tudo, são onívoros. E água salobra (com um pouco de sal) ajuda bastante ao metabolismo delas, e isso limita mais as opções de combinação com outros peixes.

Os outros poecilídeos toleram água salobra, todavia as mollys suportam um pouco mais, logo é importante deixar a salinidade no nível suportado por guppys, platys ou espadinhas, entretanto esse último pode chegar a 10 cm, exigindo um aquário ainda maior. As mollys são bem pacíficas, camarões neocaridinas e caramujos podem ser usados como equipe de limpeza. Os outros peixes que ficam no fundo exigiriam um substrato mais arenoso e um alinhamento dos parâmetros, mas provavelmente teria que abrir mão da salinidade, isto não seria tão bom para as mollys.

Outra característica marcante delas é a facilidade para reproduzir, mesmo optando por montar um grupo de fêmeas no aquário, provavelmente uma delas já virá fertilizada, e você terá uma surpresa no futuro.

Se não sabe como lidar com os filhotes, faça um grupo apenas com machos, certifique-se de ter um bom espaço para evitar brigas.

Caso queira fazer a reprodução, tenha uma estratégia para doar os filhos, que ficam bem numerosos com o tempo. A reprodução entre parentes fará os filhotes tenderem a ter aparência selvagem e aumentar o risco de problemas genéticos. Outra coisa, garanta um proporção 1 macho para 3 fêmeas, pois os machos se perseguem constantemente, três é um bom número para revezamento, se colocar outro grupo, garanta espaço para diminuir confrontos e disputas. As molinésias não têm cuidado parental, logo os filhotes ao sair da mãe podem ser devorados pelos próprios pais ou pelos outros peixes.