Polêmico. Ciclotímico. Grosseiro. Charlatão. Estes são só alguns dos adjetivos pouco amistosos que você encontra ao procurar um certo nome de origem libanesa pelas Internets mundo afora. Não discordo de nada disso. Ele é tudo isso, sim, tenho que admitir. E digo mais, existem outros atributos que podem ser dados ao indivíduo em questão: brilhante, “fora-da-curva”, magnífico, gênio. O fato é que os primeiros não invalidam os segundos, uma vez que o senhor de quase sessenta anos ao qual me refiro é, até prova em contrário, um ser humano. Nesta longa semana de pensamentos nebulosos e paixões exacerbadas, na qual prevejo que ouviremos várias vezes os dois tipos de predicados usados para diferentes pessoas, resolvi escrever um texto sobre um dos meus ídolos intelectuais. Um sujeito cujos raciocínios foram fundamentais para que eu tirasse meus antolhos e passasse a enxergar o mundo em trezentos e sessenta graus. Sim, falarei de ninguém menos do que Nassim Nicholas Taleb.
Como já alertei no artigo que escrevi sobre Stephen J. Gould, sou extremamente irracional quando falo de coisas que gosto. Não tento ser isentão, de forma nenhuma. Dou vazão as minhas emoções sempre que elas demandam (isso inclui chorar em um ônibus interestadual lotado porque o arrombado sem noção do motorista colocou para rodar este filme). Minha avó sempre dizia que meu avô era uma pessoa muito fechada emocionalmente, nunca se permitia desopilar, não extravasava as emoções. “Sempre engoliu o choro aquele lá. Em algum lugar tinha que estourar”. Morreu de câncer no cérebro. Por mais que racionalmente eu acredite que o vínculo seja fraco entre uma coisa e outra, tenho certo medo de que minha santa avozinha esteja certa. Erro do tipo I versus erro do tipo II, ou, alternativamente, Aposta de Pascal.
A Aposta de Pascal refere-se a um raciocínio lógico apologético que o grande polímata do século XVII Blaise Pascal formulou na sua obra Pensamentos (Pensées, no original francês). Pascal, como todos sabem, entre várias de suas contribuições para as ciências naturais, foi um dos primeiros matemáticos a se debruçar sobre probabilidade estatística, instigado por um conhecido que queria melhorar seu desempenho no jogo. E como toda pessoa que estuda muito sobre um assunto sabe, depois que abrimos a caixa de Pandora e descobrimos algo novo, nosso raciocínio se torna enviesado para o lado daquilo que mais sabemos. Por isso, mesmo sendo um católico fervoroso na França dos anos 1600, Pascal desenvolveu um raciocínio probabilístico sobre as consequências de se acreditar ou duvidar da existência de Deus.
Em linhas gerais, o que ele formulou é que se você acreditar em Deus e ele existir, você ganha muito (o Paraíso, o pão e o mel, as 72 virgens..ops, religião errada!). Em contraste, se você acreditar numa entidade e estiver errado, você terá uma perda finita (morreu, acabou, você nem vai saber). Todavia, o caldo entorna quando vemos o outro lado da aposta. Se você não acreditar em Deus e estiver certo, você terá um ganho finito (morreu, acabou, você nem vai saber parte 2). Agora, se você não acredita em Deus e Ele existir, você terá uma perda infinita, uma vez que, pelo raciocínio da época, você iria para o inferno sem escala sentar no colo do Capeta.
Da mesma forma, se minha avó estiver certa e eu segurar minhas emoções, posso ter um câncer na cabeça e sofrer tudo o que meu avô sofreu nos seis meses que ele resistiu à doença. Meu dano é muito grande em face a um benefício muito baixo, que é o de não passar vergonha em ônibus que passam filmes tristes com cachorros fieis. Portanto, é muito mais benéfico chorar, porque, além de eu não correr o risco de ter uma doença grave, ainda posso me beneficiar dos relaxantes efeitos de alguns neurotransmissores liberados no período de remissão emocional pós-pranto. Resumindo a parada, existe uma assimetria de resultados bastante interessante nesta escolha: se eu escolher segurar minhas emoções, tenho um ganho pequeno (não passar vergonha) correndo o risco de no futuro ter um perda bem grande (câncer). Contudo, se eu escolher deixar as lágrimas rolarem, posso ter um contratempo temporário (enfrentar certos olhares tortos), mas nenhum estrago definitivo, com chances altas de me beneficiar de um estado mental mais relaxado. “Hum, raciocínio interessante, mas o que isso tem a ver com Nassim Taleb?” Tudo e mais um pouco! Taleb é uma das principais referências da atualidade em estudos sobre tomada de decisão sob incerteza, controle de risco, línguas mortas e vinhos fenícios (!).
Nascido em 1960 em uma pequena cidade do Líbano, cedo teve que lidar com riscos e incertezas extremas, uma vez que em 1975 o seu país de origem teve que ser abandonado devido ao estouro de uma guerra civil. Taleb e sua família tiveram que se refugiar na França, país no qual ele concluiu seus estudos de graduação e pós-graduação (Mestrado e Doutorado) na Universidade de Paris, todos no campo da Economia. Posteriormente, freqüentou a Wharton School, da Universidade da Pensilvânia (EUA), de onde saiu com um MBA e passou a trabalhar em Wall Street como operador de derivativos. O ponto alto de sua carreira como trader de opções foi quando, na Crise de 1987, apostando contra o mercado financeiro, ele deu uma tacada tão certeira que se tornou milionário. Nas palavras do próprio Taleb.. “(…) não ganhei dinheiro para viver como um rei (…) mas foi o suficiente para eu dizer “foda-se” sem temer sofrer maiores consequências”. Depois deste episódio, Taleb continuou trabalhando formalmente, todavia, sempre que começava um emprego novo, guardava na gaveta de sua mesa a carta de demissão devidamente escrita. Quando o serviço enchesse o saco, ele enviava a carta para seus chefes e caia fora. Segundo relatos do próprio autor em um de seus livros, ele entrou em um esquema de trabalhar entre dois e três anos em um emprego “normal” e passar um período igual de tempo sem fazer nada ou, como ele mesmo costuma dizer, “flanando” (da palavra francesa, flaneur, “passeador”, “andarilho” ou ainda “preguiçoso”). Nestes períodos de reflexão, Taleb escreve suas obras, seus artigos científicos, seus aforismos, viaja pelo mundo e…briga muito no Twitter.
Sim, como o sujeito é encrenqueiro! Distribui “blocks” sem pudor, chama de imbecil qualquer um que discordar dele, dá apelidos depreciativos para os desafetos (um grande pesquisador de quem também sou fã, Massimo Pigliucci, virou “klueless Massimo”, algo como Massimo sem noção) e luta ferrenhamente para falir a Monsanto (“delenda Monsanto” é sua frase preferida). Esta personalidade histriônica, de certa forma, prejudica um pouco o alcance das ideias de Taleb, porque é inerente à cognição humana esta dificuldade em separar a mensagem do mensageiro. Deste modo, muita gente só se apega a este aspecto da personalidade do homem e esquece de tentar entender não só o porquê de ele ser assim, mas de tentar captar o que dá para extrair de útil para a vida a partir de suas proposições. Em poucas palavras, vou tentar resumir nos parágrafos abaixo o cerne de seu trabalho.
Ressalvo aqui que não é minha intenção ser extremamente profundo, uma vez que o espaço é limitado. Para isso, sugiro a leitura e o estudo cuidadoso de suas obras, tanto em forma de livros quanto seus artigos acadêmicos. Também sugiro, como leitura complementar, @martimvasques/a-import%C3%A2ncia-de-ser-um-flaneur-uma-introdu%C3%A7%C3%A3o-ao-pensamento-de-nassim-nicholas-taleb-7d688cb07a0f" target="_blank" rel="noopener">este texto de um autor que, já adianto, não sou muito chegado, mas, por honestidade intelectual, indico e coloco o link porque, como eu disse, devemos separar a mensagem do mensageiro. Não gostar de quem escreve não significa que tenhamos que jogar no lixo sua obra (#ficadica).
Faço questão de colocar como fonte alguém de quem deliberadamente não tenho afeições ideológicas como estudo de caso para ilustrar um dos princípios mais caros a Taleb: demonstre em suas atitudes exatamente aquilo que você prega. Este princípio pode ser resumido na sentença “@martimvasques/a-virtude-do-risco-13ec8e5192cb" target="_blank" rel="noopener">Skin in the game”. Em tradução literal, significa ‘pele no jogo’, ou ‘pele em risco’, mas nosso lindo idioma “última flor do Lácio” tem uma expressão sensacional que transmite perfeitamente o conceito: colocar o rabo na reta (ou outros nomes menos polidos que você deseje usar para designar suas partes retro-furiculares). Em outras palavras, se você não sofre as consequências dos seus atos, você não passa de um charlatão enganador (ou bullshit vendor, no original). Estes tipos de pessoas, segundo Taleb, não passam de fraudes intelectuais e devem ser denunciadas e esculachadas sem a menor cerimônia. Ele coloca neste balaio economistas que dão conselho de investimento, mas não colocam o próprio dinheiro nos produtos recomendados, “senhores da guerra” que não vão para o front nem mandam seus filhos para o Exército, burocratas e políticos que passam leis e tomam decisões sobre a vida alheia, mas cujas consequências não os afetam, jornalistas que lançam manchetes e escrevem artigos sem checar a veracidade dos fatos só para criar tumulto e ganhar em cima disso, cientistas que são pagos por certas indústrias para distorcerem experimentos que favoreçam a que os pagou. A lista é imensa, todavia, o ponto comum a todos estes “profissionais” é a desconexão entre o que se recomenda que os outros façam e a própria atitude de quem o diz. A maior parte das tretas do @nntaleb" target="_blank" rel="noopener">Taleb no Twitter e na vida são contra estes “conselheiros”, os quais ele chama, carinhosamente, de IYI (Intelectual Yet Idiots, ou intelectuais mas idiotas). Em inglês, a sonoridade fica deliciosamente ilustrativa, uma vez que a pronúncia das letras do acrônimo na língua original é ai-uai-ai, algo que soa como nosso “mimimi”.
Notório é o conflito de Taleb contra Steven Pinker (outro que eu gosto bastante), principalmente porque o libanês não tem muita consideração pela frouxidão metodológica e estatística com a qual muitos estudos de psicologia são projetados e interpretados. Tanto é verdade que ele deitou e rolou na rede do passarinho azul quando saiu na Nature Human Behaviour há pouco tempo um artigo relatando que pouco mais da metade dos experimentos nas ciências sociais (psicologia, inclusive) não puderam ter seus resultados replicados. Além disso, uma boa porcentagem teve o tamanho de seu efeito menor do que o original. Este tipo de estudo ajuda a provar um ponto que Taleb bate sem dó e demonstra matematicamente em seus artigos acadêmicos: nem todo tipo de processo pode ser compreendido e modelado usando-se ferramentas estatísticas baseadas em distribuições normais ou “normalizadas”.
Alguns dados pertencem ao que Taleb chama de “distribuições de cauda gorda” (Fat Tails), que são aquelas nas quais efeitos extremos têm uma probabilidade não só mais alta de acontecer quando comparados a uma distribuição gaussiana, mas também seus efeitos podem ser mais dramáticos. A quebra do Lehman Brothers e conseqüente crise econômica de 2008 faz parte deste tipo de processo, não tendo sido previsto (ou, no mínimo, negligenciado) pelos modelos do FED americano nem dos principais players do mercado, uma vez que estes modelos usam estatísticas baseadas em distribuição normal. Estes modelos, por estarem errados para o tipo de dado, apontavam risco extremamente baixo de uma crise daquela dimensão. Tanto que quase ninguém tomou nenhum tipo de atitude para o caso de tudo dar errado. Melhor dizendo, quase ninguém. Estes senhores aqui tomaram e ficaram milionários. Além disso, o próprio Taleb tomou suas providências e ganhou outra pequena fortuna, além de ter virado best-seller consagrado com seu livro “A lógica do Cisne-Negro”, publicado em 2007, no qual ele prevê que o colapso era iminente. A partir do sucesso desta obra, o termo Cisne Negro passou a ser usado para designar eventos repentinos, imprevisíveis e de alto impacto, com potencial para mudarem o rumo da História humana.
Então, basta estudar os livros e artigos de Taleb para virar um super vidente, antecipar crises financeiras e virar milionário? Não, muito pelo contrário! Taleb odeia, de maneira visceral, videntes e futurólogos. A tese dele é justamente o contrário: não temos como prever o futuro porque este é opaco, não é possível vermos o que está acontecendo de antemão. As explicações só podem ser dadas retrospectivamente nunca prospectivamente, porque as coisas que não aconteceram ainda podem tomar rumos imprevisíveis. É a famosa explicação de engenheiro de obra pronta. Há tanta complexidade nos sistemas que qualquer tentativa de ordenar algumas peças podem gerar consequências de segunda e terceira ordem que ferram com tudo mais para frente. É o que se vê nas crises econômicas, nas tentativas mal-sucedidas de intervenção estatal em certos costumes, nos incentivos dados a certos grupos de interesse. O sistema, segundo Taleb, deve se organizar da maneira mais espontânea possível, partindo de baixo para cima (bottom-up) nunca ser forçado de cima para baixo (top-down) a tomar uma forma. Temos que resistir a nossa ilusão de que temos que suprimir a volatilidade e a incerteza dos sistemas para que eles funcionem de maneira adequada. Ok, mas, e o perigo de que tudo dê errado? Pois é, uma vez que postulamos que o futuro é incerto e que, se tentarmos controlar os sistemas, eles podem ficar piores, como nos protegermos dos Cisnes Negros? É aí que entra uma das partes mais geniais do corpus da obra talebiana: a anti-fragilidade.
Para quem ainda não está familiarizado com o termo, eu escrevi um artigo em 2016, aqui mesmo no Deviante, no qual eu explico com exemplos o que este neologismo significa, mas, só para dar uma rápida explicação: anti-frágil é aquilo que fica melhor com o caos, com o estresse, com o imprevisto, em contraste à algo frágil, que se quebra com impacto, ou algo robusto, que se mantém inalterado. Ter sempre este conceito em mente nos torna capaz de, mesmo sem conseguir prever o futuro, não sermos impactados negativamente por Cisnes Negros.
Por exemplo, sabemos que sempre que temos de fazer uma escolha entre duas opções, uma delas será perdida (“cada escolha, uma perda”). E isto deixa muitas pessoas sofrendo por dias a fio, ponderando os prós e contras de cada escolha, qual caminho é melhor, qual caminho é pior, se haverá arrependimento, etc. Existem pessoas que, no limite, não conseguem nunca tomar uma decisão, pois não conseguem lidar com um provável arrependimento. Isto é um problema complexo, de fato, uma vez que seres humanos lidam mal com a incerteza do futuro. Somo seres que gostam de rotina e previsibilidade. Um antídoto para isso é pensar de maneira anti-frágil ou assimétrica (Aposta de Pascal, lembram?): trace os cenários possíveis de ganhos e perdas e escolha aquele em que você sabe exatamente o que você irá perder se tudo der muito errado (“do chão eu não passo”; “no fundo do poço não resta outra opção senão continuar cavando subir”). Pronto, você não consegue prever se a escolha vai ser a melhor em termos de ganho, mas vai saber o quanto você irá perder. Se a perda for aceitável, encare a opção sem arrependimento. Assim, um dos aspectos da incerteza evanesceu (a perda é previsível). Foi exatamente o ponto de Pascal sobre Deus, o meu ponto sobre segurar ou não minhas emoções primitivas quando tenho vontade e toda a fundamentação da indústria dos seguros. “Hein, seguros?” Sim, foi como Taleb ficou rico.
Veja, quando você faz um seguro, você paga todo ano uma quantia “x” (dinheiro que você sabe que irá perder), mas se der um imprevisto, você recebe muitas vezes o valor de “x” que você pagou, como indenização. Assimetria na veia! Perda controlada, com ganho multiplicado. O que Taleb fez na crise de 1987 foi comprar seguros contra crises financeiras na forma de opções de venda de ações (em linguagem técnica, puts de ações). Ou seja, ele comprava contratos que garantiam a ele o direito de vender as ações da empresa XPTO a digamos $15 mesmo que as ações caíssem a zero. Nesta brincadeira, segundo pistas dadas pelo próprio Taleb em alguns de seus livros, ele gastou ao longo de alguns anos cerca de US$ 300.000,00 e embolsou algo como US$ 18 milhões (sim, MILHÕES!) quando tudo foi para o vinagre. Ele sabia que haveria crise? Não, ele simplesmente se precaveu comprando um seguro. Como conseqüência, tendo ficado milionário, ele hoje não depende de ninguém para garantir seu sustento, tendo a liberdade de dizer o que quiser, na hora que quiser sem medo de desagradar alguém que vá demiti-lo. Ele hoje tem a opção de fazer o que quiser, já que seu padrão de vida está garantido. Esta perda ele conseguiu controlar.
Apesar de desenvolvida através das práticas de Taleb no mercado financeiro, a anti-fragilidade das escolhas assimétricas é um conceito que pode ser estendido para qualquer aspecto da vida, desde que você saiba claramente qual a perda potencial em cada situação. A partir do momento que descobri isso minha vida ficou um pouco mais tranquila? Sim, ficou. Preocupo-me menos hoje com certas coisas que não posso controlar. Cuido somente para saber o que estou disposto a perder e o que não estou. Baseado nisso, faço minhas escolhas. Inclusive alimentares. Para minha felicidade, já que sou um ex-obeso, Taleb propôs um algoritmo muito interessante, ainda que simples, para ser aplicado em diversas situações, o qual se chama Barbell Strategy (ou Estratégia Bimodal, em português): consiste em fazer coisas muito seguras (ou ter aplicações financeiras muito seguras) em 80-90% das vezes e coisas muito arriscadas em 20-10% do tempo. Sempre nos extremos, nunca no meio. De tudo o que eu como ao longo de um dia ou semana, 85% são coisas totalmente saudáveis (salada, frutas, etc.) e 15% porcarias (chocolate, bolos, tortas, sorvetes…que água na boca me deu agora!). Resultado é que tenho mantido meu peso estável sem ter crises de compulsão por coisas calóricas somente porque é proibido.
Apesar de haver muito ainda o que escrever sobre este senhor, vou parar por aqui e deixar o resto para a curiosidade dos leitores, uma vez que fontes sobre esta figura existem aos montes por aí. Como último lembrete, take-home message mesmo, gostaria de pedir que aqueles que lerem este texto nesta semana fatídica tentem pensar um pouco sobre os diversos aspectos da filosofia talebiana, principalmente a respeito do skin in the game, ao avaliarem intenções de voto em algumas pessoas postulantes a cargos públicos. O que não falta em épocas de campanhas eleitorais são criaturas com promessas mirabolantes, propondo incentivos errados, intervenções aqui e acolá, cujas consequências podem ser desastrosas, justamente por serem de cima par baixo e de efeitos imprevisíveis. Que Taleb ilumine os caminhos de vocês assim como ele tem iluminado o meu.
Até a próxima!