Eu não sei vocês, mas quando eu era criança, lá pelos idos de 2002, eu adorava ler, e lia de tudo, tudo mesmo. Umas das minhas leituras favoritas eram quadrinhos e livros didáticos de ciências, dentre esses livros, os meus favoritos eram os livros sobre astronomia. Essa semana fiz pela primeira vez uma visita ao planetário do Rio de Janeiro, na Gávea, o Museu do Universo, e venho aqui contar como foi que eu voltei a ser criança lá dentro.
Primeiramente, que vergonha eu senti de mim, sou fluminense (nasci no estado do Rio de Janeiro, e torço pro Mengão!) e morei minha vida toda na cidade de Belford Roxo, que fica a 1h30min de carro, e 2h30min de ônibus de distância do planetário, e mesmo assim nunca tinha feito uma única visita ao planetário (shame on me!). Mas, isso acabou, tomei vergonha na cara e fiz uma visita como deveria ter feito desde que conquistei a maturidade para andar sozinho na cidade do Rio.
“Segundamente” (ok, já parei com a piadinha infame :-P), que passeio maravilhoso, uma verdadeira aventura por toda a história da astronomia, começando nos primórdios, dos desenhos e riscos indígenas, até a nave do conhecimento. O museu possui várias áreas com exposições interativas e focadas em temas e períodos diferentes do descobrimento e da exploração espacial.
Ao adentrar o planetário você dá de frente com uma rampa, piadas a parte, o primeiro setor do museu que você vai ver é o que fala da evolução do telescópio, estações do ano, e mais algumas coisas. Praticamente todas as peças são interativas, algumas empregando o uso de vídeo e “slides”, outras com pedais, botões, e tela sensível ao toque e ainda têm alguns que se deve girar e empurrar de verdade, e acreditem quando digo que isso é extremamente divertido de se fazer.
Ao lado desse setor temos um focado na nossa galáxia, com uma foto gigantesca da mesma na parede, e ao lado, uma parede repleta de informações e curiosidades sobre nossa pequena Via Láctea. Junto com essa peça um pouco mais ao fundo tem uma parede mostrando como nós conseguimos determinar a composição de corpos a uma distância extrema, ou usando o nome real, as linhas de Fraunhofer.
Ainda no primeiro piso, mas agora do lado esquerdo, temos a nave escola, que te leva numa verdadeira viagem pelo espaço. A nave é quase toda interativa, e é repleta de informação, pra quase todos os lugares que se olhe, tem alguma informação pra se ler, ou peça pra interagir. Destaco a parede com as informações dos planetas do sistema solar, com uma balança pra você poder saber qual seria o seu peso e estivesse lá, e o jogo da vida, em que você escolhe o tamanho da estrela, o tamanho do planeta e a distancia dele até a estrela, e tenta achar uma combinação que possa fazer surgir vida.
No piso superior pode-se encontrar uma área de jogos, com várias atividades de perguntas e respostas, além de outros games simples, mas muito divertidos, em volta de uma réplica do módulo lunar. Do piso superior dá para se ver melhor a maquete do sistema solar, e se tem uma visão privilegiada da área de estações e telescópios que já comentei, além de um teto que você sempre quis ter no quarto, ou vai querer quando ver, ao menos eu quero…
Além das atrações interativas, o museu conta também com a cúpula Galileu Galilei, onde é passado alguns filmes, vídeos e documentários nos finais de semana e feriados. Além dessa programação feita pelo museu junto com alguns grupos aproveitam o espaço para interações cientificas, filosóficas e culturais, por exemplo, o Conselho Jedi do Rio de Janeiro junto com o museu, organizam o Cineclube Sci-Fi, que apresentam na cúpula Carl Segan, filmes de ficção cientifica, sempre realizando após a apresentação do mesmo, um debate sobre os aspectos científicos do filme.
O museu do universo esta aberto pra visitação de segunda à sexta das 9 às 12 e das 13:30 às 17; sábados, domingos e feriados das 14:30 às 17. Os valores de entrada são: R$6,50 a meia de segunda a sexta; R$13,00 a meia nos finais de semana e feriados. Para mais informações, entre no site do planetário clicando aqui.