Quando você escuta falar em buraco negro logo pensa nos supermassivos no centro das grandes galáxias, certo?

Mas eu já falei para vocês várias vezes que existem basicamente 3 tipos de buracos negros, os supermassivos, os de massa intermediária e os de massa estelar.

Os buracos negros de massa estelar ganharam certa notoriedade esse ano, devido à detecção das ondas gravitacionais, que foram geradas pela fusão de dois buracos negros desse tipo.

O grande problema desses buracos negros é a sua identificação, até a detecção das ondas gravitacionais, nem se sabia que eles realmente existiam.

Quantos desses buracos negros existem espalhados pela galáxia?

Pensando em resolver essa grande questão um grupo de astrônomos resolveu usar duas ferramentas astrofísicas atuais: o fenômeno da microlente, e a interferomentria de ondas de rádio.

A microlente gravitacional ocorre quando um objeto escuro como um buraco negro passa entre nós e outra fonte de luz, uma estrela distante.

A luz dessa estrela é distorcida pelo campo gravitacional do buraco negro e a estrela aparece mais brilhante para nós.

Esse fenômeno da microlente na luz visível é muito restrito e mesmo os grandes telescópios possuem uma resolução limitada, por isso os astrônomos sugeriram as ondas de rádio e a interferomentria que integra a observação de vários instrumentos para aumentar a razão sinal ruído e consequentemente resolver melhor o objeto que está sendo observado.

O método de observação propõem fazer uma série de imagens, criando um pequeno filme do evento, permitindo assim que se possa extrair o máximo de informação dos buracos negros.

Com a aplicação dessa técnica, os astrônomos esperam em 10 anos terem acumulado dados suficientes para analisar as propriedades dos buracos negros de massa estelar e também além de descobrir quantos buracos negros desse porte existem na nossa galáxia.

Fonte:

http://phys.org/news/2016-12-black-holes-years-method.html

Artigo:

https://arxiv.org/pdf/1601.05801.pdf