4 de outubro de 1957

É lançado o primeiro satélite artificial da Terra pela antiga União Soviética. Seu nome era Sputnik (Спутник – Satélite em russo).

O Satélite

O Sputnik não passava de uma esfera de 80 cm de alumínio com quatro antenas estendidas que emitiam em todas as direções pois não havia controle de atitude, isto é, não havia como apontar as antenas. No seu interior iam baterias, um transmissor e um sensor interno de pressão e temperatura. O seu sinal era facilmente recebido por rádios caseiros. A cada 90 minutos o satélite dava uma volta ao planeta.

sputink

O satélite Sputnik 1.

O Foguete

O foguete que levou o Sputnik tinha dois estágios sendo que o primeiro era composto por quatro cones que se desprendiam do corpo principal cilíndrico que constituía o segundo estágio. Este foguete era chamado de Semyorka R7 e foi protótipo dos principais lançados soviético até hoje. Com mais um estágio pôs o primeiro homem em órbita e mais outro as naves Soyuz que hoje em dia fazem o contato com a ISS.

O Semyorka R7 e a família de foguetes que se originou dele.

O Semyorka R7 e a família de foguetes que se originou dele.

Esta tecnologia foi resultado de uma corrida tecnológica entre EUA e URSS que começou após a Segunda Grande Guerra. A herança das armas V2 alemãs permitiram o surgimento da era espacial. Ambas nações disputaram técnicos e foguetes a medida que entrava na Alemanha tomando cidade após cidade. Mas foram os soviéticos os primeiros a transformar aquela tecnologia inicial em algo um resultado prático.

O Impacto

Para os EUA perder a dianteira deste processo foi um impacto tão forte que resultou em uma reforma educacional forçada. O número de planetários disparou, as feiras de ciências e as bolsas na área de ciências exatas acompanharam este crescimento explosivo.

O impacto social e cultural que o Sputnik produziu no mundo e sobretudo nos EUA.

O impacto social e cultural que o Sputnik produziu no mundo e sobretudo nos EUA.

Para ter um bom exemplo do impacto social do Sputnik veja o excelente filme Céu de Outubro (October Sky, 1999). Eu simplesmente não canso de ver este filme.

Um bom artigo sobre o impacto do Sputnik no ensino de Astronomia nos EUA: MARCHÉ, J. D. Sputnik, Planetaria and Rebirth of US Astronomy Education. The Planetarian , v.30, n.1, p.4-9, 2001.