O Spitzer conseguiu pela primeira vez na história mapear a temperatura de um exoplaneta do tipo Super-Terra. Um exoplaneta rochoso aproximadamente 2 vezes maior que a Terra.
O mapa revela extremos de temperatura de um lado do exoplaneta e do outro.
O exoplaneta é o 55 Cancri-E que está a 40 anos-luz de distância da Terra. Ele orbita sua estrela a cada 18 horas e está gravitacionalmente preso do mesmo modo que a Lua está com a Terra. Ou seja, um lado do planeta está sempre sendo cozinhado pela sua estrela. Enquanto que o lado escuro da noite, permanece na escuridão e muito mais frio.
Isso leva a diferenças de temperatura surpreendentes de cerca de 1300 Kelvin. Com uma temperatura de 2700 Kelvin no lado do dia e 1400 Kelvin no lado noturno do exoplaneta.
Essa diferença marcante de temperatura indica que o calor não está distribuído de forma homogênea pelo exoplaneta, ou seja, não ocorre transporte pela atmosfera. Provavelmente existe lava no planeta e que no lado escuro endurece não transportando o calor.
O lado diurno do exoplaneta deve ter rios de lava e grandes reservatórios de magma extremamente quente, mas no lado noturno essa lava deve estar solidificada. Além disso foi possível identificar um hot spot no exoplaneta mostrando que no lado diurno deve ocorrer algum tipo de circulação de calor no exoplaneta.
Essas descobertas ligadas a exoplanetas e realizadas pelo Spitzer só estão sendo possíveis graças a uma atualização sofrida pelo Telescópio Espacial que aumentou sua sensibilidade para caçar e caracterizar exoplanetas.
Com o James Webb novas observações do 55 Cancri E poderão ser feitas e uma melhor caracterização do exoplaneta será possível.