“Minha impressora parou!”, “O sistema tá muito lento!”, “Apaguei sem querer…”, “Sei lá, desligou do nada!”, “Backup?”, “Precisa abrir chamado?”, “Você formata computador?”, “Filho, me ajuda?”, “É só uma alteraçãozinha!”… Para essa e outras perguntas, chame o carinha da TI!
Um tempo atrás, eu fiz uma série de posts sobre a saga do software, na qual tentei apresentar o que acontece desde que alguém tem uma ideia genial até que o software chegue até vocês. Durante os textos, eu mencionei alguns profissionais que participam desse processo, mas não dei o devido destaque a eles (afinal, a “estrela” dos textos era o software!).
Hoje, em comemoração ao dia do profissional de Tecnologia de Informação (19 de outubro), resolvi montar esse texto para explicar melhor a variedade de papéis que podemos desempenhar e também desmitificar a imagem que as pessoas têm desses profissionais: seres estranhos (mas quem não é?), que só sabem colocar a impressora dos parentes/amigos para funcionar (sabemos mexer com outras coisas mais divertidas também) ou os culpados quando o sistema para de funcionar (em parte somos culpados mesmo) :p
Mas antes de explicar o que é ser um profissional de TI, pergunto: por que hoje é dia do profissional de TI? A resposta é simples: não existe um registro sobre o que originou essa escolha…rs. O que se sabe é que essa data é uma oportunidade de lembrarmos da importância desses profissionais, que nem sempre são originados/formados na Computação. Vamos conhecer alguns deles?
Disclaimer: Apesar de separar a apresentação em diferentes cargos de TI, é bom ter em mente que uma mesma pessoa pode assumir (e, muitas vezes, assume) esses diferentes papéis nos projetos que participa. Somos quase um Bombril, com 1001 utilidades 😉
Começo por aqueles profissionais que são responsáveis por interagir com as áreas de negócio de uma organização e as pessoas envolvidas nele (a.k.a. potenciais usuários dos softwares desenvolvidos). O analista de negócio é a pessoa que faz “o meio de campo” entre a TI e o ambiente em que o sistema será utilizado. Ele precisa entender o funcionamento da organização (por exemplo, através da gestão de seus processos), suas necessidades e deficiências, além do contexto que essa organização está inserida, de forma a identificar se e onde um apoio computacional se faz necessário e pode auxiliar as atividades realizadas.
Outra pessoa que atua nesse contexto é o analista de requisitos. Ele é responsável por interagir com os potenciais usuários do software, utilizando uma série de técnicas de levantamento, para identificar as necessidades desses usuários e especificar em documentos formais o que o software deve fazer. Esse material será o insumo para todo o processo de desenvolvimento do software, devendo ser acompanhado e atualizado por esses profissionais.
O desenvolvedor, talvez o profissional de TI mais conhecido das pessoas, é responsável por materializar as necessidades dos usuários em um software operacional. Através do uso de linguagens de programação, frameworks, padrões etc., ele produz um software que auxilie os processos organizacionais e facilite as atividades realizadas pelos usuários. Eles também podem atuar em produtos específicos, como desenvolvimento web, de apps para dispositivos móveis ou de jogos.
O analista de testes é a pessoa que quer descobrir problemas no software para que eles possam ser corrigidos antes de serem liberados para os usuários. Ele é responsável por planejar os testes que serão realizados no software em desenvolvimento, conduzir esses testes e registrar os resultados obtidos. Assim, temos menos chances do joguinho travar na hora que estamos lutando contra o chefão 😊
E caso um problema ocorra, o analista de suporte é a primeira pessoa que vamos pedir ajuda. Ele é o responsável por prestar atendimento aos usuários, realizar suporte técnico a todos os problemas que surgirem e solucionar seus problemas. É, muitas vezes, o salvador da pátria, mas também aquele que mais vai ouvir reclamação!
Os softwares também precisam de uma série de dados para funcionarem e podem gerar outros dados que precisam ser guardados em algum lugar. Assim, profissionais como o administrador de dados (AD) e o administrador de banco de dados (DBA) são responsáveis por definir os dados que devem ser armazenados, pensar na organização do modelo de dados, padronizar nomes, manter os sistemas de gerenciamento de banco de dados, realizar backups, pensar em estratégias para proteção de informações etc.
E o software também precisa de uma infraestrutura adequada para seu funcionamento. O analista de infraestrutura é o responsável pelo planejamento, implementação, suporte e monitoramento dos recursos (hardware, sistemas operacionais, sistemas de gestão etc.) necessários para o funcionamento do software. Também participa da manutenção destes recursos, pensa em políticas de backup e procedimentos de segurança que previnam invasões à infraestrutura existente.
O profissional de TI ainda pode atuar em cargos mais gerenciais, como o gerente de projetos. Ele é responsável por gerenciar e controlar o projeto de TI em questão, definindo funções para cada um dos membros envolvidos na equipe, acompanhando o cronograma e o orçamento definidos, verificando a finalização de cada etapa planejada, identificando e solucionando problemas, registrando lições aprendidas etc.
Também não podemos esquecer de mencionar as pessoas que atuam em áreas mais “acadêmicas”, como os pesquisadores de tecnologia. Esse profissional está preocupado em resolver problemas, propor soluções que avancem o estado da arte da área de TI e pensar em aspectos voltados à inovação. A pessoa que está pensando a frente do seu tempo para que aquilo que existe hoje, se torne obsoleto amanhã (e a gente pense “como eu conseguia usar essa tecnologia tão sem graça?!”).
Bem, depois de toda essa apresentação, você que não é da TI ainda acha que só consertamos seu computador ou consegui te convencer que fazemos outras coisas? E você, que é meu colega de profissão, atua em alguma área que não foi mencionada?