Todo mundo aqui conhece o ALMA, aquele belo conjunto de antenas, localizado no Platô de Chajnantor no Chile e pertencente ao ESO.
O ALMA normalmente estuda objetos muito distantes do universo, e estruturas muito tênues como discos de gás e poeira ao redor de estrelas jovens.
Porém, por que não usar o ALMA para estudar a nossa estrela mais próxima, o Sol?
E foi isso que aconteceu recentemente. Os astrônomos começaram a estudar o Sol usando o ALMA e aqui estão os primeiros resultados que eles conseguiram.
A grande vantagem desse estudo é analisar o Sol em comprimentos de onda inéditos como o milimétrico e o submilimétrico. E quanto mais comprimentos de ondas usarmos para caracterizar um determinado objeto, mais saberemos sobre ele.
Um ponto interessante é que como o ALMA usa ondas de rádio, ele não sofre com o fato de ser apontado para o Sol, todos os outros observatórios do ESO possuem esse problema e não podem ser usados para estudar a nossa estrela.
O ALMA então é o primeiro instrumento do ESO usado para estudar o Sol em detalhe.
Os astrônomos conseguiram estudar uma mancha solar nos comprimentos de onda de 1.25 e 3 mm, destacando as diferenças de temperatura na cronosfera do Sol. Com esses dois comprimentos de onda é possível analisar a mancha em diferentes profundidades na superfície do Sol e assim caracterizar essa estrutura da melhor forma possível.
O ALMA se junta agora ao grande arsenal de ferramentas usadas para estudar e entender nossa estrela mãe. Isso será de fundamental importância para se saber sobre a dinâmica do Sol, suas características, e até mesmo para entender cada vez mais sobre o clima espacial, ou seja, como o Sol influencia o espaço no Sistema Solar.
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