Todos sabem que a Via Láctea é parte de um aglomerado, ou uma coleção de galáxias, chamado de Grupo Local.

Nesse aglomerado, a própria Via Láctea e a galáxia de Andrômeda são os membros mais proeminentes, mas existem muitas outras, galáxias anãs e satélites da nossa Via Láctea.

A Pequena e a Grande Nuvem de Magalhães talvez sejam os exemplos mais famosos dessas galáxias satélites, e que podem até mesmo serem vistas a olho nu do hemisfério sul da Terra.

Devido à proximidade essas galáxias tornam-se verdadeiros laboratórios astronômicos, onde é possível tentar entender fases importantes da evolução das galáxias, além de entender a sua composição.

Para utilizar de maneira eficiente esse laboratório, os astrônomos usaram o Hubble para pesquisar nebulosas de emissão dentro dessas galáxias.

Uma delas, na verdade são duas, mas que aparecem tão juntas que são nomeadas como se fosse uma, é a NGC 248.

Essa nebulosa tem 60 anos-luz de comprimento, por 20 anos-luz de largura, está localizada a 200 mil anos-luz de distância da Terra na constelação de Tucano.

Essa nebulosa emite um intenso brilho avermelhado graças a estrelas centrais que estão aquecendo o hidrogênio fazendo com que ele brilhe dessa maneira.

Os astrônomos usaram um projeto chamado de Investigação da Evolução do Gás e da Poeira na Pequena Nuvem de Magalhães, ou SMIDGE para pesquisar essa nebulosa e estudar como a sua poeira, é diferente da poeira da Via Láctea.

Além disso, o Hubble ajuda os astrônomos a entender melhor a história de como a galáxia e suas estrelas se formaram numa época no universo em que se tinha uma baixa porcentagem de elementos pesados.

E esses estudos ajudam de forma decisiva a entender toda a evolução das galáxias.

Fonte:

http://www.spacetelescope.org/news/heic1623/?lang