As galáxias ativas são galáxias que possuem no seu centro buracos negros supermassivos ativos.
As galáxias ativas podem ser classificadas em: Galáxias Seyfert, Quasares e Blazares.
As Galáxias Seufert emitem a maior parte da sua energia no comprimento de ondas dos raios-gama de baixa energia, elas são importantes para se estudar, por exemplo, a radiação cósmica de funda de raios-gamma.
Os Blazares, são os AGNs de mais alta energia. Um blazar é um AGN que tem um dos seus jatos relativísticos apontados na direção da Terra.
E os Quasares, são AGNs que emitem sua energia em raios-gamma também, com energia um pouco maior do que as galáxias Seyfert, embora alguns astrônomos acreditam que esses dois objetos sejam a mesma coisa.
Os quasares também representam o que os astrônomos chamam de nodos brilhantes da rede cósmica. E para estudar esses objetos em grande escala, os astrônomos vão atrás das componentes gasosas do universo nessa escala.
Para isso, os astrônomos resolveram usar o instrumento MUSE acoplado ao telescópio VLT do ESO e estudaram 19 quasares selecionados entre os mais brilhantes que poderiam ser observados pelo MUSE.
E ao observar os resultados, os astrônomos observaram que todos os 19 quasares tinham enormes halos gasosos ao seu redor. Esse resultado é muito superior do que se tinha anteriormente, onde esses halos são encontrados em cerca de 10% dos quasares.
Os astrônomos ainda não sabem se a identificação desses halos se deve ao poderio do MUSE que foi usado na pesquisa, ou a algo peculiar existente nos quasares do estudo.
Esses halos são importantes pois nos dão a chance de estudar o gás existente no coração das estruturas cósmicas de grande escala.
E esses halos específicos apresentaram uma temperatura muito baixa, que não condiz com os modelos para a estrutura e formação das galáxias, os modelos previam um gás muito mais quente.
Novos instrumentos, novos modelos teóricos, e novos dados, abrem literalmente uma nova janela para o estudo das estruturas cósmicas e da evolução das galáxias.
Fonte:
http://www.eso.org/public/brazil/news/eso1638/
Artigo:
http://www.eso.org/public/archives/releases/sciencepapers/eso1638/eso1638a.pdf