Há décadas que os cientistas repetem a bonita – embora clichê – frase de que “Nós somos feitos de poeira de estrelas”. E agora uma nova pesquisa mostra o quão verdadeira essa frase é.
Segundo pesquisadores, os seres humanos e a Via Láctea possuem cerca 97% de átomos em comum, e os elementos essenciais à vida – a vida como conhecemos, é claro – são mais predominantes em regiões próximas ao centro da galáxia.
Podemos listar como cruciais para a vida na Terra os seguintes elementos: carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fosforo e enxofre.
Pela primeira vez fomos capazes de catalogar a abundância desses elementos em uma grande amostra de estrelas. Utilizando a espectroscopia, que nos permite estudar a composição de uma estrela através dos comprimentos onda de luz emitidos por ela, os astrônomos puderam avaliar a abundância de cada elemento.
Mas, embora os seres humanos compartilhem da maioria dos elementos com as estrelas, a proporção encontrada não é a mesma. Por exemplo, um ser humano é composto por cerca de 65% de oxigênio, enquanto que ele compõe menos de 1% por cento dos elementos medidos no espaço (tal como nos espectros das estrelas).
A proporção de cada elemento diferiu também dependendo da região da galáxia na qual foi encontrada. Estrelas na periferia da galáxia possuem menos elementos mais pesados, que são necessários para a vida, como o oxigênio, do que aquelas que estão mais próximas do centro da galáxia.
Sermos capazes agora de mapear a abundancia dos principais elementos encontrados no corpo humano nos ajuda a responder perguntas sobre quando e onde a galáxia teve os elementos necessários para a vida.
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