Vocês sabem que a Via Láctea, a nossa galáxia, possui um grande número de galáxias chamadas de satélites? E que boa parte dessas galáxias são anãs?
Isso mesmo, para que vocês tenham uma ideia, a Via Láctea tem cerca de 50 galáxias satélites, muitas delas, cerca de 40 são muito apagadas e difusas, pertencendo a uma classe especial de galáxias chamada de galáxias anãs esferoidais.
Entre essas, muitas das galáxias anãs recentemente descobertas são muito apagadas e pertencem a outra classe, denominada de galáxias anãs ultra apagadas.
Essas galáxias apresentam uma luminosidade muito baixa, e dessa maneira vocês devem pensar o quão difícil é encontrar esse tipo de objeto. E isso é verdade, tanto que que não é tarefa para qualquer instrumento.
Para realizar a busca por esse tipo de galáxia, os astrônomos precisam usar o Telescópio Subaru, a combinação da grande abertura de 8.2 metros com o grande campo de visão da sua Hyper Suprime Cam, permite a busca eficiente por esses objetos desafiadores.
O primeiro passo é identificar um campo com uma elevada densidade de estrelas no céu.
Depois é preciso certificar que a densidade é mesmo causada por sistemas estelares. Para isso se cria um diagrama que compara a cor e a magnitude, as estrelas apresentam um padrão nesse diagrama.
Usando essa técnica, e o Subaru, astrônomos acabaram de descobrir uma galáxia muito apagada, com magnitude absoluta de -8, satélite da Via Láctea, localizada a 28000 anos-luz de distância, se espalhando por um raio de 124 anos-luz, e chamada de Virgo I.
Essa é agora a galáxia satélite mais apagada já descoberta pelos astrônomos como sendo satélite da Via Láctea.
Uma implicação importante dessa descoberta de acordo com os astrônomos, é que devem existir centenas de galáxias anãs esperando para serem descobertas no halo da Via Láctea.
E por que encontrar essas galáxias anãs é tão importante?
Os astrônomos acreditam que a formação de galáxias, como a Via Láctea acontece por meio da agregação de várias galáxias anãs satélites.
Assim, descobrir essas galáxias está diretamente e fortemente relacionado com o fato de se entender cada vez melhor a história da formação da nossa galáxia no universo.
Fonte:
http://www.subarutelescope.org/Pressrelease/2016/11/21/index.html
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