O ambiente onde a nossa galáxia vive não é lá muito calmo.
Como eu já falei para vocês a Via Láctea possui cerca de 50 galáxias galáxias satélites, pequenas, conhecidas como galáxias anãs.
Será que existe uma certa interação entre a nossa galáxia e essas galáxias anãs?
Um grupo de pesquisadores, acaba de descobrir que as 11 galáxias mais distantes da Via Láctea, estão localizadas a cerca de 300000 anos-luz de distância da Terra, bem fora do disco espiral da nossa galáxia.
E metade dessas estrelas podem, na verdade terem sido arrancadas de outra galáxia.
No caso, de uma galáxia anã, satélite da Via Láctea, conhecida como Anã de Sagittarius.
Com o passar das eras, e dos muitos encontros entre as galáxias, a Via Láctea certamente arrancou estrelas dessa galáxia.
Os pesquisadores usaram para isso modelos computacionais que simularam o movimento da Anã de Sagittarius durante os últimos 8 bilhões de anos.
Eles variaram parâmetros como a velocidade inicial e o ângulo de aproximação com a Via Láctea para poder ajustar aos dados observados.
A simulação mostrou que no início, a Anã de Sagittarius tinha uma massa equivalente a 10 bilhões de vezes a massa do Sol, 1% da massa da Via Láctea.
Com o passar dos tempos, ela perdeu cerca de 1/3 da suas estrelas e 9/10 da sua matéria escura.
Isso resultou em 3 distintos fluxos de estrelas na direção da Via Láctea.
As 11 estrelas mais distantes da nossa galáxia possuem posições e velocidades que se ajustam perfeitamente ao que se esperaria de estrelas arrancadas da Anã de Sagittarius.
Outras 6 não parecem ser dessa galáxia mas de outra galáxia anã.
Os astrônomos pretendem usar novos projetos de observação para melhorar cada vez mais os modelos gerados e assim poder entender toda a dinâmica que envolve a nossa galáxia, o que certamente também será útil na caracterização completa da forma e das propriedades da Via Láctea.
Fonte:
http://astronomynow.com/2017/01/16/farthest-stars-in-milky-way-might-be-ripped-from-another-galaxy/
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