A ideia de se procurar vida no universo além da Terra, não é de hoje, e desde sempre, quando se pensou em procurar vida no universo, sempre se pensou em procurar uma vida parecida com a Terra.
Uma das primeiras ideias foi, vamos procurar por transmissões, por emissões de rádio, como aquelas que são criadas na Terra.
Assim, em 1967, mais precisamente no dia 28 de Novembro de 1967, Jocelyn Bell Burnell e Antony Hewish descobriram uma fonte de rádio emitindo pulsos regulares a cada exatamente 1.3373 segundos, e com um comprimento de 0.04 segundos.
Devido à potência e a regularidade dos sinais, óbvio que era emitido por uma civilização inteligente, e por esse motivo, o sinal de rádio foi chamado de LGM-1, LGM significa Little Green Men, ou seja, Pequenos Homens Verdes.
Como na época não existia nenhuma explicação natural para o fenômeno, logicamente que só poderiam ser seres alienígenas, mesmo depois de um pequeno processamento, tirando alguns ruídos, a explicação alienígena ainda era a mais aceita.
Porém, o sinal não tinha nada com uma civilização alienígena, mas sim, era um objeto recém descoberto chamado pulsar, e logo o LGM-1 foi renomeado para B1919+21, e tornou-se o primeiro pulsar descoberto.
Mas o que é um pulsar?
Um pulsar na verdade é um tipo de estrela de nêutrons a relíquia mortal de uma estrela massiva. O que difere o pulsar das estrela de nêutrons é que eles são altamente magnetizados.
Um pulsar se forma quando uma estrela com massa entre 4 e 8 vezes a massa do Sol morre, e é detonada como uma supernova. As suas camadas externas são expelidas e o núcleo interno se contrai com a sua gravidade.
A pressão gravitacional é tão forte que ela supera a força necessária para manter os átomos afastados, assim, os elétrons e prótons são esmagados pela gravidade, formando nêutrons.
A estrela de nêutrons formada retem a maior parte do momento angular, e como ela só tem o tamanho equivalente a uma pequena fração da estrela progenitora, ela é formada com uma velocidade de rotação muito rápida.
Um feixe de radiação então é emitido ao longo do seu eixo magnético, e a rotação desse feixe de radiação, que é observado a cada instante que ele é apontado na direção do observador dá origem à natureza pulsante do objeto.
Obviamente que existem muitas derivações, muitos tipos de pulsares e muitos detalhes que não entraremos agora para falar, já que esse vídeo é para marcar a descoberta do primeiro pulsar.
Para finalizar alguns detalhes interessantes sobre os pulsares:
1 – Foram confundidos com civilizações extraterrestres no início;
2 – Representam o final da vida de uma estrela massiva;
3 – Em sistemas binários, chegam a ficar invisíveis e visíveis novamente;
4 – A colisão pode gerar ondas gravitacionais;
5 – São considerados os relógios mais precisos do universo, podem manter uma precisão de 10^-15 segundos por décadas.
Fontes: