Quando você abre um livro com muitas páginas, principalmente se for um livro didático ou dividido em capítulos e unidades, é sempre bom dar uma conferida no índice. Assim, você pode situar melhor os conteúdos mais atrativos e economizar um tanto do seu tempo na busca. Pois bem, imagine uma ideia tão prática aplicada a todo o conhecimento de biologia que temos hoje. É essa a premissa do círculo da vida (a imagem logo abaixo), nele há cada uma das espécies já descobertas e suas desambiguações.
Cada linha que você vê no círculo acima representa cerca de 500 espécies descobertas e nomeadas, as mais claras são aquelas ainda pouco conhecidas geneticamente. Já as mais escuras, aquelas das quais sabemos bastante. A vida primordialmente surge no centro do círculo e se ramifica em direção às extremidades, onde ficam os grupos de espécies existentes hoje. Os contornos coloridos são divididos em dois: o interior representa a proporção dos grupos como conhecemos hoje, enquanto o exterior seria a proporção real de cada um, contando com espécies ainda a serem descobertas e classificadas.
O projeto tem como base o catálogo do The Open Tree of Life (ou A Árvore da Vida Aberta, em português). Lá, todos podem contribuir para o aumento do número de espécies conhecidas. Atualmente esse número ronda a casa dos 2,3 milhões, entretanto, estima-se que o valor final bata a casa das 8 milhões de espécies a julgarmos pelo tão pouco que conhecemos da vida na Terra. Os pesquisadores envolvidos também alegam que o círculo deve mudar, já que só traçamos geneticamente 5% dessas espécies, portanto a relação entre essas mesmas espécies também abre espaço para mais descobertas.
Também é muito válido lembrar que avanços nesse tipo de ciência de base abrem espaços para desenvolvimentos da ciência aplicada. Além disso, geram muito mais possibilidades para pesquisas mais específicas quanto a relação que esses organismos mantém e também a mecanismos desenvolvidos por eles.
Fonte:
Scientific American