A astronomia observacional chinesa era fantástica num determinado período da história, e pelos relatos que temos, aparentemente, os chineses eram especialistas em observar supernovas surgindo no céu, isso mesmo, supernovas.
Existem muitos documentos, escritos e relatos de muitas supernovas que foram observadas pelos chineses, que enquanto observavam o céu viam surgir uma nova estrela no firmamento.
No ano de 386 os chineses marcaram que tinham observado uma supernova no céu, o nome dela, G11.2-0.3.
As observações históricas são muito importantes, para se determinar exatamente quando a supernova aconteceu, mas não é uma tarefa fácil, até agora, a única supernova confirmada, observada pelos chineses no céu e que aconteceu na nossa galáxia é a Nebulosa do Caranguejo, que na verdade é a parte remanescente de uma supernova observada em 1054.
Mas e sobre a G11.2-0.3. Bem, para tentar comprovar ou não a observação dessa supernova, os astrônomos utilizaram o Chandra e outros grandes observatórios.
E o que o Chandra mostrou foi que entre a Terra, e a remanescente de supernova existem densas nuvens de gás e poeira, que obscurecem a observação da supernova e que fez com que ela fosse muito apagada para ser observada a olho nu aqui da Terra.
Isso então mostra que não foi essa supernova observada pelos chineses em 386.
Remontando a história da G11.2-0.3, os astrônomos determinaram que a estrela que a criou, provavelmente explodiu entre 1400 e 2400 anos atrás.
Essa revisão na supernova com novas informações mostra que ela é uma das supernovas mais jovens da Via Láctea. A mais jovem de todas é a Cassiopeia A, que também não foi observada na data em que explodiu, no ano de 1680, devido à grande quantidade de poeira.
De acordo com as últimas imagens do Chandra, a estrela deve ter perdido quase toda suas regiões externas por meio de ventos assimétricos, ou por meio de uma interação com a estrela companheira, depois a estrela menor, que restou soprou o gás numa velocidade maior, varrendo o gás previamente soprado, formando assim a densa concha ao seu redor.
A explosão produziu um pulsar e uma nebulosa de vento de pulsar.
Todas essas características são observadas nas imagens feitas pelo Chandra e combinadas com outros telescópios.
Assim, o Chandra solucionou o mistério da origem dessa supernova, além de permitir com que os astrônomos pudessem fazer novas interpretações sobre a origem e sobre o que restou dessa catastrófica explosão.
Fonte:
http://chandra.harvard.edu/photo/2016/g11/
Artigo:
http://arxiv.org/pdf/1602.03531v1.pdf
Agradecimento aos Patrões:
Marcelo Parraga, Wilson Teixeira, Afonso Mendonça, Marcos Silveira, Rafael dos Santos Rodrigues, Gilmar Colombo, Artur Mendonça, André Machado, Gisele Guedes, Otávio Pereira de Almeida, Gustavo Pezzio Casagrande, Yuri Cardoso, José Nazareno Lima Barbosa, Eurides, Nicolas Silva Gomes, Caio Vinícius Silva Marques, Rosivelto Pimentel, Régis Araújo, Diego Magalhães do Nascimento, Fábio Campozana Carreiro, Marcelo Garcia, Renato Araújo, João Vitor Prado, Thiago Nunes, Marcos Annibale
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