Castelos sempre foram fontes de inspiração para artistas, escritores, arquitetos e outros tipos artísticos. Eles nos fazem pensar sobre por que foram construídos onde foram construídos, quem os construiu, quem morava neles. Muitos castelos entram no quesito “standard”, ou seja, similar à muitos outros na Europa. Porém, às vezes, verdadeiras obras de arte em carne-e-osso (ou melhor, rocha e madeira) são construídas. Esse é o caso do castelo alemão Hohenzollern Burg.
Então, qual é a História desse lugar “mágico” que vemos nas fotos? Primeiro de tudo, vamos à sua localização: O Castelo Hohenzollern sempre foi lar dos duques e condes da Suábia, região ao sul da Alemanha, próxima a Baviera e fica a 50km de Stuttgart, sudeste da Alemanha. As modificações em sua estrutura datam desde o século XI até o Século XIX.
O castelo Hohenzollern, juntamente com a cidade de Hechingen (que se desenvolveu na base de sua colina) sempre passou por reconstruções, restaurações e modificações através dos séculos de sua existência, destacando-se 3 desses períodos:
O Primeiro Castelo
O castelo era o centro político do Condado de Zollern, e provavelmente foi construído na primeira metade do século XI, sendo mencionado pela primeira vez em textos históricos em 1267. Em Maio de 1423, depois de quase um ano de cerco pela União das Cidades Imperiais do Sacro-Império Romano, foi conquistado e completamente destruído. Deste primeiro edifício restam apenas registos em fontes escritas, nem as fundações do atual castelo são as originais. O castelo tornou-se rapidamente numa espécie de efígie dos Hohenzollern, um símbolo de seu poder na região e entre as Casas Eleitoras do Sacro Império, considerado então como a “coroa dos castelos suabos”. Infelizmente não há nenhuma gravura medieval que represente como era o primeiro Castelo Hohenzollern, mas muitos historiadores presumem que ele era como qualquer outra fortificação militar da Europa ocidental, com muros altos, torres e guaritas para os soldados, nada parecido com o castelo atual
O Segundo Castelo
Depois da destruição do primeiro castelo, o Imperador Sigmund proibiu qualquer tipo de reconstrução da fortificação. Porém, seu sucessor, Frederico III, anulou essa ordem, permitindo que o Conde Jos Niklas de Zollern iniciasse a construção do segundo castelo dos Hohenzollern. Em 1454 foi iniciado, então, um novo edifício, mais forte, mais bonito e maior do que seu antecessor, para realmente virar a joia da casa dos duques da Suábia, o qual ficaria concluído em 1461.
Durante a Guerra dos Trinta Anos, serviu de refúgio à Família Hohenzollern, sendo temporariamente conquistado em 1634 pelos württembergueses, que eram protestantes. Depois da guerra, o castelo manteve-se principalmente na posse da Casa de Habsburgo, mas durante a Guerra de Sucessão Austríaca, no inverno de 1744-1745, foi ocupado pelas tropas francesas. Depois da retirada da última ocupação austríaca, em 1798, o castelo entrou completamente em decadência. No início do século XIX, o edifício estava totalmente em ruínas; de tal forma que a única parte significativa sobrevivente foi a St. Michaelskapelle (Capela de São Miguel).
O Terceiro Castelo
No verão de 1819, o príncipe prussiano e futuro rei, Frederick William IV (1795 – 1861), que era da família Hohenzollenr, visitou o castelo onde o trono de seus ancestrais estava e decidiu reconstruí-lo novamente, dando um “ar mais moderno” e deslumbrante às suas origens. Foi contratado o arquiteto Friedrich August Stüler (1804 – 1882), que decidiu executar a contrução de um dos mais impressionantes castelos neogóticos alemães, para ser mais como um memorial para a Família Hohenzollern do que uma residência para um príncipe.
Em 1952, o príncipe prussiano Louis Ferdinand (1907 – 1994) começou a mobiliar o castelo com uma coletânea rica de peças de alto valor (tanto na área artística quanto na área monetária), tudo isso em dedicação à história de sua casa nobre, a casa dos reis da Prússia. Manter o castelo era um desafio, por conta do alto valor de manutenção de suas peças, mobília e infraestrutura, por isso os visitantes contribuem com a conservação do Castelo Hohenzollern.
Fontes de Pesquisa:
Página oficial do burgo de Hohenzollern
Página Turística oficial do Governo Alemão