A construção do E-ELT, o gigantesco telescópio de 39 metros do ESO que será o maior telescópio óptico e de infravermelho próximo do mundo continua avançando.
O telescópio será o estado da arte da tecnologia voltada para a astronomia, serão nada mais nada menos que 5 espelhos.
O ESO realizou um evento onde foram assinados os contratos que garantem a construção de componentes importantes do telescópio.
Os dois maiores espelhos simples do E-ELT, o secundário de 4.2 metros e o terciário de 3.8 metros já foram garantidos, serão fabricados em Zerodur, um material cerâmico de baixa expansão térmica.
O espelho secundário do E-ELT ficará pendurado de cabeça para baixo e será o maior espelho já utilizado num telescópio e o maior espelho convexo já construído.
Tanto o espelho secundário como o terciário rivalizam em tamanho com os maiores espelhos primários de grandes telescópios existentes. O secundário deve ser entregue no final de 2018 e o terciário em julho de 2019.
Além de garantir a construção dos espelhos foi assinado também um contrato que garante a construção das células de apoio desses espelhos.
Essas células serão responsáveis pelo sistema de óptica ativa, ou seja, poderão deformar os espelhos secundário e terciário para que se possa obter a imagem mais nítida possível.
O último contrato assinado nessa cerimônia foi com relação a fabricação dos 4608 sensores de borda dos 798 segmentos que farão parte do espelho primário do E-ELT.
Esses sensores são fundamentais pois eles é que farão com que os segmentos trabalhem de forma integrada fazendo com que o E-ELT possa captar as melhores imagens, usando todo o seu poder de resolução.
O Brasil teria muito a aprender, mas infelizmente continuamos de fora desse belo projeto.
E assim, o maior olho na Terra voltado para o céu começa a ganhar vida. Ah, antes que alguém pergunte, a primeira luz do E-ELT está prevista para o ano de 2024.
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