“É quase meia-noite, Algo maligno está espreitando na escuridão…” é mais uma tabela de números que mostram crescimentos, projeções, proporções…”
Quem nunca, não é mesmo?
Meu sincero perdão aos amigos de exatas, mas os números não chamam a atenção. Tabelas são chatas e gráficos são cansativos.
̶(̶S̶e̶ ̶v̶o̶c̶ê̶ ̶e̶s̶t̶á̶ ̶l̶e̶n̶d̶o̶ ̶i̶s̶s̶o̶ ̶a̶t̶é̶ ̶a̶q̶u̶i̶,̶ ̶q̶u̶e̶r̶ ̶d̶i̶z̶e̶r̶ ̶q̶u̶e̶ ̶a̶i̶n̶d̶a̶ ̶n̶ã̶o̶ ̶f̶u̶i̶ ̶d̶e̶m̶i̶t̶i̶d̶a̶ ̶d̶o̶ ̶D̶e̶v̶i̶a̶n̶t̶e̶ ̶e̶ ̶p̶o̶s̶s̶o̶ ̶e̶x̶p̶l̶i̶c̶a̶r̶ ̶m̶e̶l̶h̶o̶r̶.̶)̶
Respirem pessoas. Eu amo a matemática e os números, posso ser exótica, mas nem tanto, o que quero dizer é que o número não vende.
Este texto é uma continuação do texto ‘All you need is love. Is love all you need?’ onde eu começo a debater a idéia de Lovemarks apresentada por Kevin Roberts. (Se você não leu , corre para entender um pouco o que vou debater aqui. Eu juro que espero).
Preparem suas pipocas, ajeitem-se no sofá que hoje iremos sentar e aprender sobre histórias e mistério.
Cada um vende seu peixe como pode. História vende! Para provar meu ponto, peço que você pare um minuto e analise qual foi o último produto que você adquiriu.
Qual foi a última propaganda de vídeo que você quis saber mais sobre o produto? Quando colocou o produto em sua lista imaginária de desejos? Quando sorriu no final da mensagem? Agora, diga-me se a mensagem que lhe atingiu era um emaranhado de números? Tabelas? Gráficos? Comparações de desempenho?
Foi o que eu pensei…
Como todo relacionamento de amor, o mistério é um tempero especial e necessário. O mistério desperta emoções e desencadeia experiências e vivências. Mas estou sentindo que ainda não estão convencidos do que estou falando…
“Se você acredita em Mistério, bata palmas.”
Funcionou em Peter Pan, não é mesmo? Sininho estava morrendo porque as crianças estavam parando de acreditar em fadas. Peter conseguiu que batessem palmas e a salvassem. Então irei jogar um pouco do meu pó de pirlimpimpim e pedir um pouco de credibilidade de vocês.
Acho interessante dividir o mistério em 3 momentos. O primeiro seria a história, o segundo o enredo e o terceiros os sonhos.
1 – Ao infinito e além!
Grandes propagandas contam histórias e histórias são replicadas. No texto passado, eu falei brevemente da Coca-Cola. A empresa conta histórias maravilhosamente bem!
Histórias de natal, histórias de dia dos namorados, histórias de ano novo. E o mais importante, são histórias de pessoas!
A história é feita por pessoas, o mistério é das pessoas e não da marca/produto. E isso faz com que as pessoas repassem a história! Se emocionem e se vinculam com o produto!
2 – A jornada do herói
Os generais estudam as batalhas passadas, os técnicos estudam jogos antigos e pessoas devem estudar histórias vividas. Sem esconder nada, vamos abraçar o que vivemos! É o que molda o que somos e prepara para o futuro! Marcas têm que entender seu passado, presente e futuro e isso é humano e envolvente.
“A todos que vêm a este lugar feliz: Sejam Bem-Vindos. A Disneylândia é sua terra. Aqui a idade revive memórias agradáveis do passado e a juventude pode saborear o desafio e promessa do futuro. A Disneylândia é dedicada aos ideais, aos sonhos e aos fatos marcantes que criaram a América do Norte… com a esperança de ser fonte de alegria e inspiração para o mundo.” Memorial a Walt Disney. Disneylândia, Califórnia
3- I have a dream!
Sonhos desejam ser realizados.
Pergunte para seu namorado/namorada /marido/esposa /amigo/ficante /rolo/crush qual seria o seu sonho… Bom, meu queridos, temos aí o início para o presente perfeito de aniversário/ casamento/ natal/ diadosnamorados/ etc. E é exatamente isso que o consumidor deseja, que seus sonhos tornem realidade.
Tio Walt entendeu isso bem e incorporou a Disney, criou a terra dos sonhos e deu asas aos ‘dreamers’.
Parece simples entender o que o seu cliente deseja e proporcionar algo que lhe seja satisfatório. Eu imagino que todos vocês que estão aqui lendo arrasem com os presentes de natal e saibam atender as expectativas das pessoas a sua volta.
A Microsoft ouviu algo como “ Um computador em cada escritório e em cada lar” e no final da década de 90 o sonho se realizou. E se engana em pensar que precisamos de sonhos pequenos para criar laços as lovemarks… Tente dormir com um mosquito no quarto e irá entender o tamanho dos pequenos impactos.
De uma coisa eu tenho certeza, ao menos ganharia algumas palmas antes da morte do pequeno mosquito e assim o mistério não irá morrer… ̶p̶o̶r̶ ̶e̶n̶q̶u̶a̶n̶t̶o̶
Mari Ribeiro. 29 anos, formada em Administração de Empresas. Nerd, criativa e apaixonada. Além de amor o mundo precisa de maluquices. :)