Depois de explicar o que é luz e questionar se seria uma partícula, dou continuidade a esses textos iluminados, e volto à teoria ondulatória. Talvez nesse ponto você deva estar se perguntando, “se os experimentos de Newton explicavam os fenômenos observados, como a luz poderia deixar de ser uma coisa para ser outra?”
A explicação clássica
“A ciência nunca resolve um problema sem criar pelo menos outros dez. ” – George Bernard Shaw
Os modelos de Newton explicavam matematicamente os resultados observados nos fenômenos óticos mais conhecidos, mas isso ainda não explica o que realmente é a luz.
Como mencionado anteriormente, na época de Newton já existia a discussão sobre a possibilidade de a luz ser uma onda. Mas, para Newton a noção que se tinha de onda se remetia a algo mecânico, como a propagação de ondas na superfície da água. Nesse contexto, sendo a água feita de partículas, seria possível explicar os “fenômenos ondulatórios” com os seus modelos já estabelecidos, que as tratavam como partícula. Assim, sendo o modelo de Newton mais abrangente, ele foi o mais aceito.
A fênix ressurge
“Os que se encantam com a prática sem a ciência são como os timoneiros que entram no navio sem timão nem bússola, nunca tendo certeza do seu destino. ” – Leonardo da Vinci
A teoria ondulatória ressurgiu com Thomas Young (1773-1829), através do experimento conhecido como Fenda Dupla. Em 1801 esse experimento revelou que a luz apresentava características de difração e interferência. Ou seja, ela se comporta como uma onda.
As novas evidências sobre a natureza da luz foram de encontro com o modelo corpuscular defendido por Newton. Assim, a compreensão ondulatória ganhou mais forças e adeptos, e o modelo corpuscular foi deixado para trás, conforme melhores explicações que fundamentavam a teoria ondulatória surgiram.
Mas, se você pensou que as coisas acabaram por aí, achou errado…! (rs). Até aqui abordamos apenas a física clássica. Muitas lacunas no nosso conhecimento foram resolvidas, e uma nova perspectiva surgiu com a física moderna.