E a cobra fumou! Pelo menos para os alemães, em 21/02/1945 a Força Expedicionária Brasileira (FEB) teve a sua mais expressiva vitória na 2° guerra mundial. A “batalha de monte castello” veio após quatro tentativas mal sucedidas, todas muito sangrentas, mas como diz a letra do hino Brasileiro “verás que um filho teu não foge à luta” nunca fez tanto sentido.
A FEB, que chegou à Itália em julho de 1944, teve seu batismo de fogo em 16 de setembro daquele mesmo ano, combatendo com êxito posições alemãs nos Apeninos. A Wehrmacht (força armada alemã) por estar estrategicamente bem posicionada retardava o avanço das forças aliadas, protegendo o acesso ao sul da Alemanha.
A missão da FEB era desalojar os alemães das posições bem fortificadas de Monte Castello, até então impenetrável. A batalha iniciou-se pela manha, com o emprego da 1ª Divisisão de Infantaria Expedicionária, que enfrentou todo tipo de dificuldades como minas terrestres, lama, frio extremo e fogo inimigo.
Unidos sob o comando do general Willis D. Crittenberger, a FEB tomou o monte somente na quinta tentativa, com ajuda decisiva dos aviadores brasileiros, que bombardeavam as frentes de combates e a retaguarda do exército alemão, facilitando as investidas da infantaria, tornando possível a vitória dos aliados. A partir dessa importante vitória, os pracinhas brasileiros passaram a ser reconhecidos mundialmente por valores como abnegação, bravura, forte espírito de cumprimento de missão, fé inquebrantável e perseverança.
25 mil soldados brasileiros foram enviados a Itália para lutar contra o nazifascismo. Os pracinhas, como ficaram conhecidos, até hoje são amados pelos italianos, os “pais da democracia italiana e europeia”, como também são chamados, pois na Itália ajudaram a derrubar o ditador Benito Mussolini.
Os bravos brasileiros que tombaram em batalha repousam no cemitério de Pistóia, foram ao todo quatrocentos e cinquenta soldados, treze oficiais e oito pilotos, 12 mil brasileiros foram feridos em combate. Por outro lado, foram cerca vinte mil militares alemães feitos de prisioneiros, sendo dois generais, além de oitenta canhões e cinco mil viaturas alemãs.
Além de vários brasileiros terem se casado com as italianas, os pracinhas são lembrados pela sua grande humildade, pois ajudaram e alimentaram a população civil, além de demonstrar grande respeito pelos prisioneiros.
Video: O CAMINHO DOS HERÓIS – As memórias dolorosas da Batalha de Monte Castelo
Video: O CAMINHO DOS HERÓIS – O legado brasileiro para os italianos
Fonte: Defesa.gov.br, Monumento Votivo e Folha Militar