Não, não tem esquina no espaço. Poderíamos até falar em “pistas espaciais” invisíveis e que dependem da velocidade inicial (mas isso é assunto pra outro dia). Penso em esquina toda vez que penso em conversa informal. Se você não mora em Brasília (dizem que não tem cruzamento lá) você deve conhecer uma esquina onde as pessoas da vizinhança vão papear sobre quase tudo.
Geralmente tem uma padaria, uma banca de jornal, um bar, e um monte de gente que se conhece e que se encontra informalmente pra conversar sobre os assuntos mais diversos: futebol, política, futebol, falar mal do governo…. eu já falei futebol?
Pois é, como eu gosto de espaço sideral, essa é a minha esquina. Aqui no Rio a gente fala muito a nossa praia… mas eu não sou muito de ir a praia (neeerd!!).
Outra coisa que a palavra esquina me traz a mente é o cruzamento, o encontro de duas ruas, de dois caminhos perpendiculares. Na esquina você tem a intercessão entre dois assuntos aparentemente distintos mas que guardam um ponto em comum. Imagine um rua chamada Ciência Espacial. Nela você tem Astronomia, Astronáutica, Ciência e Tecnologia. É a via dos fatos.
Vindo de outro lugar você tem uma avenida chamada Ficção Científica. Ali passa fantasia, entretenimento mas também passa discussão ética e aventura. No cruzamento, ou seja, na esquina temos um monte de naves espaciais (reais ou não), astronautas, alguns robôs, aliens de um lado e astros do outro.
Tinha pensado em dar um daqueles títulos que dizem tudo e que são chatíssimos do tipo: Espaço, Fatos e Ficção. Fui tentado com o clichê óbvio que todo trekker adora: Espaço, a Fronteira Final. Não dava, definitivamente, muito batido.
Então eu convido você a participar do nosso papo de esquina sobre o espaço sideral.