Mudanças climáticas são uma realidade e ideias interessantes para amenizar seus efeitos, incluindo a mudança de base energética ou mesmo de hábitos são insuficientes tanto de governos quanto do setor privado, segundo artigo da nova coleção sobre mudanças climáticas e a sustentabilidade energética, publicado em conjunto pelas revistas Nature Energy e Nature Climate Change.
Motivada pelo acordo de Paris, no qual 177 países, inclusive o Brasil, concordaram em agir contra as mudanças climáticas, e para cumprir as metas estabelecidas devem haver mudanças de políticas ambientais e sociais. As ciências sociais podem contribuem neste objetivo, através de estudos sobre:
- Melhor forma de estruturação de tratados internacionais sobre mudanças climáticas;
- Encorajamento de maior eficiência energética individuais e em organizações;
- Reações positivas ou negativas de comunidades em relação às novas tecnologias energéticas.
Uma vez que as mudanças climáticas estão diretamente ligadas às atividades humanas, principalmente à queima de combustíveis fósseis, principal fonte de gás carbônico. E novas políticas públicas, e conjuntas, para mudanças e desenvolvimento de novas bases energéticas devem ser desenvolvidas e incentivadas por governos e pelo setor privado, apesar dos esforços de empresas ligadas ao petróleo em minimizar estas ações.
A ação conjunta entre governo, sociedade e setor privado influencia em alterações na realização das atividades humanas, visando a redução dos impactos ambientais causados por estas; por meio de incentivos à mudança de comportamento e regulação do desenvolvimento de novas tecnologias, através de investimentos em pesquisa básica e aplicada visando a redução de consumo e de dependência de combustíveis fósseis. Tendo a sociedade como parte fundamental deste processo, por meio de informação e incentivo ao uso das novas tecnologias, sendo agente participativo das tomadas de decisões e desenvolvimento dessas políticas.
Sabe – se que o crescimento econômico está ligada a emissão de gás carbônico, durante os mais de 40 anos de monitoramento de emissões deste gás, realizado pela Agencia Internacional de Energia (IEA), houve quatro períodos de redução, três desses foram associados a fraqueza econômica no mundo, enquanto o quarto, ocorreu em período de crescimento econômico, foi associado a redução do uso de carvão mineral e petróleo, substituídos por fontes de energia com baixa emissão de carbono, como energia eólica e hídrica.
Apesar de conhecer os problemas climáticos e energéticos, ainda se investe pouco nas pesquisas de ciências sociais voltadas para o uso de tecnologias alternativas e seus impactos na sociedade.
Fonte: SciencDaily, Nature Climate Change e IEA