Olá, meu nome é Gabriela e eu preciso dividir uma coisa com vocês: eu durmo demais.

Não é aquela preguiça saudável de quem dorme até meio dia nos fins de semana, meu caso está mais para dormir entre 10 e 12 horas todos os dias.

Como moro sozinha e tenho horários flexíveis no trabalho, durante algum tempo fui uma pessoa dorminhoca e feliz. Mas depois de vários meses assim, o fato de não fazer muita coisa dos meus dias além de trabalhar e dormir começou a me incomodar, por isso resolvi buscar uma solução.

Depois de passar por alguns médicos e fazer vários exames, descobri que não tenho nenhum problema físico que provoque minha sonolência excessiva. Então, com a ajuda de uma psicóloga, decidi encontrar uma rotina que me permitisse ser uma pessoa desperta e feliz (embora o conceito de felicidade separado de estar dormindo seja bizarro pra mim). A primeira coisa que eu precisava fazer era tentar descobrir o que é saudável no ciclo do sono.

Meus carneirinhos nunca tiveram muito trabalho

Meus carneirinhos nunca tiveram muito trabalho

A International Sleep Foundation disponibilizou nesse texto  a seguinte tabela de necessidade de sono por faixas etárias:

Recém-nascidos de 0 a 3 meses precisam de 14 a 17 horas diárias de sono;

Bebês de 4 a 11 meses precisam de 12 a 15 horas diárias;

Bebês de 1 a 2 anos precisam de 11 a 14 horas;

Crianças de 3 a 5 anos precisam de 10 a 13;

Crianças de 6 a 13 anos, de 9 a 11 horas;

Adolescentes de 14 a 17 anos precisam de 8 a 10 horas (por mim colocava todos em sono criogênico e só acordava depois dos 25);

Adultos de 18 a 25 precisam de 7 a 9 horas;

Adultos de 26 a 64 também precisam de 7 a 9 horas;

E idosos com 65 anos ou mais precisam normalmente de 7 a 8 horas de sono diárias.

 

Digamos apenas que eu estou em uma das faixas etárias que precisa de sete a nove horas de sono. Eu gosto de dizer pra mim mesma que vou dormir apenas sete. Provavelmente serão nove. Ainda é muito melhor que doze. Mas claro que não é o suficiente.

O texto da Sleep Foundation nos convida a encarar o sono como uma tarefa que deve ser cumprida à risca todos os dias da semana e com o mesmo zelo que dedicamos a todas as outras tarefas. Também devemos nos alimentar de forma saudável e praticar exercícios. Provavelmente o discurso mais antigo dos consultórios médicos e, atrás apenas do pensamento positivo, receita para o sucesso nos livros de autoajuda. E é essa mesmo a questão: dormir demais me impede de cumprir tarefas, desde as necessárias para a realização dos meus objetivos, até passatempos como montar um quebra-cabeça, e, no entanto, o sono é parte fundamental pra que possamos realizar qualquer coisa com maestria durante a vigília, por isso eu falei: “Beleza, vou encarar o sono como uma tarefa tão importante como qualquer outra”.

E vocês sabem o que isso significa, certo? Exatamente, planejar todas as tarefas diárias. Foi com isso em mente que, pesquisando nessa internet de meu deus fórmulas de organização das tarefas que levam em consideração o sono, eu tive contato com os seguintes modelos:

 

Sono polifásico

Essa técnica defende que podemos dormir bem menos e ainda assim nos mantermos “funcionais”.

O adeptos do sono polifásico dormem algumas horas por dia e, estas horas, são divididas em cochilos ao longo do dia. O tempo de cada fração pode variar, os chamados Everyman costumam 3 horas seguidas e tiram mais dois cochilos ao longo do dia. Os Uberman fracionam o tempo de descaso em 6 cochilos de 20 minutos a cada 4 horas. Já os Dymaxion dormem 30 minutos a cada 6 horas. E os Chase que tem 2 horas de sono 3 vezes ao dia.

Tipos de sono

A diferença básica nas diferentes rotinas é como o sono é distribuído ao longo do dia (Fonte)

Os divulgadores desta técnica defendem que Leonardo Da Vinci dormia apenas 2 horas por dia, em cochilos de 20 minutos cada.

Segundo Monica Andersen, chefe da disciplina de medicina do sono da UNIFESP, picotar o sono não é biologicamente natural e pode provocar problemas, pois durante o sono o organismo produz hormônios e proteínas essenciais ao seu funcionamento. A vantagem de condicionar o corpo a breves cochilos é que o corpo entra mais rápido na chamada fase REM, fundamental para restabelecer as funções cognitivas. “Essa etapa ocupa por volta de 20% a 25% do sono. Mas em 8 horas, metade é do sono de ondas lentas, o que também é muito importante”, enfatiza Mônica.

Lendo sobre sobre essa técnica percebi que prefiro ESTAR MORTA a aderir ao sono polifásico. E é aí que entra o nosso próximo candidato

Clube das 5 a.m.

Este é bem alto explicativo, consiste em acordar todos os dias as 5 da manhã.

Os adeptos deste método defendem que as 3 horas entre às 5 e às 8 da manhã são poderosíssimas uma vez que o resto do mundo ainda dorme e você pode cuidar de você e do seu trabalho em paz e tranquilidade.

Os benefícios consistem em acordar muito antes do horário o que te daria o beneficio de fazer tudo sem a pressa de quem está atrasado para o primeiro compromisso do dia e com a mente limpa, focada em uma coisa de cada vez.

Outro beneficio seria não sofrer com as constantes interrupções uma vez que a secretaria, seu chefe, o cliente e o Facebook ainda dormem.

Segundo os defensores dessa técnica, ela é adotada por grandes executivos como Tim Cook, da Apple, Richard Branson, da Virgin, Robert Iger, da Disney, e Howard Schultz, da Starbucks. Exatamente por procurarem trabalhar melhor e com maior rendimento.

 

A decisão

Dessas teorias escolhi experimentar o tal “Clube das 5”. Decidi que durante quatro semanas (entre os dias 05 e 30 de setembro) vou acordar todos os dias às 5h da manhã e tentar aproveitar esse novo horário da melhor forma possível, utilizando essas primeiras horas do dia para gastar comigo fazendo exercícios físico, estudando, me dedicando à minha casa e aos meus hobbies.

Seja o que deus quiser

Seja o que deus quiser

Durante essas quatro semanas vou compartilhar minha experiência aqui com vocês publicando o andamento da “experiência” semanalmente. Para quem quiser saber como as coisas estão indo diariamente é só me acompanhar no Twitter e no Instagram.