A Meteorologia é uma ciência que vai muito além das famosas previsões de tempo. Seu nome significa “estudo dos fenômenos atmosféricos”. Lembrando que atmosfera é a camada de ar que envolve um planeta.
Sim, existem atmosferas em outros planetas além do nosso. Por exemplo, em Júpiter existem ventos de 360 km/h e uma grande tempestade com o tamanho de alguns planetas Terra, conhecida como Grande Mancha Vermelha. Como é formada principalmente de hidrogênio e hélio, não é possível respirarmos por lá.
Aqui na Terra, também existem fenômenos que envolvem muita energia na atmosfera como furacões, tornados, tempestades com granizo, raios e trovões. Outros, igualmente curiosos porém mais comuns, afetam nossas vidas diariamente, como a brisa marítima, formação de nuvens e de chuva. Assuntos polêmicos como mudanças climáticas, aquecimento global, buraco na camada de ozônio, poluição e ilhas de calor trazem a Meteorologia para discussões nas áreas de tecnologia, política e economia.
Os meteorologistas possuem formação como técnicos e também como bacharéis (formação de nível superior). O curso envolve muita física, matemática e computação. Um exemplo da aplicação dessas três áreas está justamente na previsão de tempo. Veja essa situação:
Uma região de floresta aquece durante o dia. O calor é transferido para um volume de ar sobre a região. Essa massa de ar também recebe umidade (vapor de água). Como um balão, o ar quente tende a subir. No entanto, quanto mais longe da superfície terrestre, mais temperatura essa parcela de ar vai perdendo.
Quando o ar esfria, as moléculas de vapor de água que haviam subido tendem a se juntar, formando as gotículas de nuvem – lembra o processo de formação de fotas em uma latinha gelada. Com o passar do tempo e mais gotículas, elas podem se unir e formar gotas de chuva, que precipitam em direção ao solo.
Além de todo esse processo de formação de nuvens e chuvas, existem movimentações horizontais de ar – conhecido como ventos – que podem fazer com que essas nuvens e a chuva mudem de lugar. Ou mesmo que a nuvem se forme sobre uma região e chova em outra. Mas como descobrir para onde essa nuvem está indo?
Ainda no ensino médio aprendemos as equações de movimento. Através delas é possível prever a trajetória de um desses sistemas de nuvens e chuva conhecendo-se sua posição inicial e a rapidez com que ele se move – ou seja, a velocidade do vento.
No entanto, são necessários os cálculos de milhares dessas equações e de outras, que envolvem trocas de calor e outros fenômenos. Daí vem a importância da computação, que torna possível realizar todas essas contas antes da chuva acontecer.
Esse é um exemplo bem simplificado para ilustrar um pouquinho como funciona a atmosfera e como é feito seu estudo pela Meteorologia. Em breve, novos posts com curiosidades sobre tempo, clima e fenômenos meteorológicos.