A ciência ainda não consegue deletar as lembranças de uma decepção amorosa, como no filme “Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças“, mas desligar a gula está mais próximo
Apesar da compulsão alimentar afetar cerca de 10% dos adultos nos Estados Unidos, ainda não é esclarecido o que acontece neurologicamente com estas pessoas. Porém pesquisadores do Children’s Nutrition Research Center at Baylor College of Medicine and Texas Children’s Hospital descobriram alguns caminhos no cérebro (chamados circuitos neurais) com capacidade de inibir o comportamento de compulsão alimentar (pelo menos em ratos).
O que se sabe hoje é que a disfunção do sistema da serotonina ou dopamina no cérebro poderiam estar associado com o desenvolvimento de comportamentos de compulsão alimentar, porém não se tem uma evidência da influência direta destes neurotransmissores no comportamento.
Na pesquisa Xu e seus colegas identificaram um circuito neural envolvido com estes neurotransmissores que, quando ativado, pode inibir o comportamento compulsivo alimentar. Descobriram ainda que um receptor específico chamado serototina 2C seria o mais importante para esta inibição. Já existe um remédio aprovado pela FDA (órgão americano que regulamenta medicamentos, semelhante à ANVISA no Brasil) que poderia ser reaproveitado para suprimir a compulsão alimentar em adultos.
Fonte: Neurosciencenews